segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Música e Recuperação das Aprendizagens - Alfabetização

Música e Alfabetização

        No ano de 2022, pós pandemia, trabalhei com um quinto ano e ao fazer a sondagem de leitura, descobri que 12 crianças não sabiam ler. Pensei, o que fazer para resolver esse problema além das atividades cotidianas de sala? Vamos cantar! Lembrei que quando criança e adolescente sempre cantava na igreja lendo as letras, mas, era preciso decorar para fazer os gestos e isso nos ajudava desenvolver a leitura e a memória. Então, no segundo bimestre fiz a proposta para as crianças e começamos um projeto de Canto Coral Infantil.

        Utilizamos os momentos de aquecimento para vocalizarmos com as vogais e depois com as sílabas simples e posteriormente com as sílabas complexas. O foco nesse caso não era a musicalização em si, mas, o desenvolvimento da leitura por meio da música. Sempre depois do aquecimento os alunos com a letra da música já colada no caderno acompanhavam cantando. Ah! É importante lembrarmos que antes de cantar fazíamos a leitura das músicas e o entendimento sobre o assunto.

        A música é uma ferramenta tão poderosa que, desses 12 alunos, apenas 2 não se desenvolveram como poderiam, pois, um teve muitas ausências e quando vinha não queria fazer as atividades e o outro que era pré-silábico no início do ano, mas, começou a ler silabas simples entre o segundo e terceiro bimestre. Entretanto, por motivos de saúde se ausentou no último bimestre. Os demais alunos, todos terminaram o ano lendo parágrafos inteiros com fluência durante as atividades de leitura do quarto bimestre.

        Outro fato interessante, durante as aulas quando cantamos a música Paz Pela Paz, alguns alunos falaram que era muito bonita e que estavam emocionados. Com a Adrian Calcanhoto cantando Fico Assim Sem Você, todos gostaram muito de cantar e se emocionaram. As músicas que fizemos com gestos, não preciso nem falar que foram muito divertidas.

        As músicas que cantamos em sala de aula com o Youtube e outras acompanhadas ao violão:

  • Cantigas de roda
  • Yapo
  • Catira do Passarinho de Celso Pan e Jacqueline Baumgratz
  • Quero Paz - Roberto Carlos
  • Paz Pela Paz - Nando Cordel

        Essas cantamos na sala de aula no terceiro e quarto bimestre

  • Tiro ao Álvaro - Adoniran Barbosa 
  • Fico Assim Sem Você - Claudinho e Bochecha, versão Adriana Calcanhoto
  • Melo do Marinheiro - Paralamas do Sucesso
  • Prá Melhorar - Marisa Monte
  • Si Mama Kaa - Tradicional da Tanzânia 


        Infelizmente perdi o celular em novembro, então, compartilho o link da apresentação no Facebook.

 https://web.facebook.com/100000294814356/videos/pcb.5964423990244036/627447562284956

Alunos do 5º Ano C da EMEF Águas de Março 

Flauta Transversal: Isabela Santos Alves

Regência e Violão: Isaac Alves


                                            Agradeço pela atenção e leitura

                                                                        Aguardem novidades chegando!

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Lendo e cantando uma partitura não convencional (musicograma)


Na aula do dia 10 e 12 de maio os alunos do terceiro ano leram e cantaram com o musicograma do minueto de Boccherini. Foi um sucesso total, pediram para cantar mais uma vez assim que terminamos de cantar. A atividade começou com a pergunta o que os músicos fazem para em um número tão grande tocarem e cantarem juntos? Respostas: - Ensaiam. Respondi que sim, ensaio é importante, mas como eles ensaiam o que fazem no ensaio? R. Sons, música. Novamente perguntei: Mas como eles fazem sons e música juntos? Respostas de um aluno: - Eles tem um papel para ler. Então, expliquei que o papel se chamava partitura e que na partitura tem a representação da duração, altura, intensidade e timbre dos instrumentos. Após isso apresentei uma partitura convencional e depois o musicograma do Boccherini. Lemos a "bula" e depois cantamos juntamente com a gravação.
As crianças ficaram muito encantadas e empolgadas durante a atividade. Em um outro dia, a professora de artes veio me falar que os alunos estavam cantando em sua aula uma música que a princípio ela pensou ser funk, mas depois percebeu que não era e questionou a turma, eles responderam que era uma música que o professor de leitura tinha ensinado. Nem só de funk e forró vive a periferia! Se tiverem oportunidade de ouvir e fazer outras musicas ou atividades eles fazem e gostam.

Aguardem, esse musicograma não sei de quem é a autoria, mas estou fazendo do Johann Philipp Krieger, espero que fique bacana a partitura não convencional.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Escuta passiva e leitura

Na Semana passada no dia 19 de abril as professoras das salas de aula dos terceiros anos leram a história do Mozart da coleção crianças famosas. Quando as crianças entraram na sala de leitura, lemos a primeira parte da sinopse sobre a Ópera A flauta mágica e assistimos uma parte do desenho da ópera. As crianças amaram. Na aula dessa semana, 26/04, lemos a sinopse inteira e terminamos de assistir o desenho sobre a ópera A flauta mágica. Ao final as crianças viram a ária da Rainha da noite com a soprano Diana Damrau e ficaram encantadas. Algumas falaram que seriam cantoras de ópera quando crescessem. Estou vendo como dá resultado o trabalho de formiguinha com as crianças, pois tudo começou no ano passado com cinco minutos de escuta ativa ou passiva durante a aula na sala de leitura. Neste ano estou conciliando a leitura sobre os compositores, maestros, as peças musicais e a escuta das músicas com algumas atividades de musicalização. Abraços!

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Escuta ativa e passiva na sala de aula

No ano de 2016, percebi que as crianças estavam muito agitadas na sala de leitura, então comecei uma experiência de tocar música durante os cinco primeiros minutos de aula. Músicas de três a quatro minutos no máximo. Trabalhando a escuta passiva e ativa. No primeiro momento era difícil eles ficarem quietos para ouvir a música, mas gostaram de fazer a escuta ativa e com o passar dos dias começaram a ouvir e ficar quietos nos momentos de escuta passiva. Uma turma em especial o 2º B que sempre estava bem agitado melhorou muito a escuta e a concentração. Agora neste ano 2017 tive uma grata surpresa com essa turma que é o 3º B, pois na nossa primeira aula fizemos a escuta passiva e ativa do Minueto de Luigi Boccherini e os alunos e a professora da sala gostaram muito. Durante essa aula fizemos a contação de histórias por meio dos sons e foi muito divertida e instrutiva a aula em relação aos sons que nos rodeiam. Na segunda aula que fizemos música foi no dia 07/04/2017, assistimos e ouvimos o primeiro movimento (Allegro con brio) da 5ª Sinfonia de Beethoven regido pelo grande maestro Leonard Bernstein e foi muito, mais muito gratificante ver as crianças assistindo e ouvindo como se fosse um desenho de tão concentrados e atentos que estavam. Pude ver o resultado do trabalho de escuta ativa e passiva que começou com músicas de 3 a 5 minutos na qual os alunos tinham dificuldade de se concentrar para ouvir. Nessa aula foi muito bom ver que ficaram assistindo e ouvindo durante os mais de oito minutos e ao final falarem que queriam ser maestros compositores como o Beethoven. A professora levou o livro Crianças Famosas Beethoven para ler na sala de aula e as crianças gostaram muito da leitura. Fica a dica pessoal, vale a pena investir na escuta ativa e passiva na sala de aula.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016


Um pouco do meu trabalho e ensaio com as crianças e adolescentes na EMEF Chico Mendes. Depois posto um novo vídeo com o trabalho finalizado.

domingo, 24 de junho de 2012

Didática da prática instrumental (Orff) Professora Enny Parejo


Há muitos anos vi uma das apresentações com o instrumental Orff na antiga ULM e fiquei encantado com as possibilidades musicais que ela proporciona. A metodologia que é aplicada para o ensino da música com o instrumental Orff também é dinâmica e prazerosa da forma que a professora Enny conduziu as aulas na Cantareira. Quando comecei na ULM, tive o primeiro contato com metodologias diferentes para o ensino da música, pois tinha sido adestrado com o Bona. Mas ao ver aquela apresentação de crianças de uma forma totalmente musical, fiquei entusiasmado e querendo fazer uma oficina com o instrumental Orff. Contudo me mudei para Ubatuba e a distância, o tempo e a falta de dinheiro impediram e acabei não fazendo. Agora na pós-graduação finalmente consegui participar de uma oficina e amei a forma de trabalhar a música com esses instrumentos porque com pequenas frases ou motivos bem simples que as crianças possam tocar, podemos fazer uma peça musical bem elaborada que soe muito bem. Achei interessante a mobilidade do instrumento, pois podemos tirar as placas e deixar somente as que serão tocadas, isso ajuda as crianças no momento em que estão aprendendo a tocar. A forma como a professora Enny ensinou a segurar as baquetas e a forma que aplicou os exercícios como aquele que contávamos até quatro e passávamos as baquetas para o amigo da direita, ou da esquerda, foi muito gostoso, instrutivo e divertido. As diversas musicas que tocamos e improvisamos foram instrutivas, divertidas e tornaram o fazer e o aprender música muito prazeroso. Como disse acima que fui adestrado no Bona, agora estou tentando divulgar nas igrejas evangélicas essas novas metodologias e práticas musicais, que nem são tão novas. Infelizmente as igrejas ainda continuam utilizando o Bona e no máximo quando mudam, utilizam o Pozzoli rítmico. Contudo, a forma e a metodologia de ensino na maioria das igrejas continuam a mesma anti-musical e ainda continua excluindo o corpo do fazer musical. Entretanto, sabemos que as igrejas são atualmente lugares onde o fazer musical ocorre com uma certa frequência criando e desenvolvendo músicos tanto para suas funções religiosas, quanto para o mercado musical. Portanto, penso que se conseguirmos melhorar o ensino o ganho para a música seria enorme, pois um aluno que tenha um ensino básico de qualidade no início de sua aprendizagem musical terá um ótimo desenvolvimento musical e se posteriormente quiser se profissionalizar bastará dar continuidade nos estudos musicais. Por este motivo estou buscando me aperfeiçoar e divulgar nas igrejas essas metodologias de ensino musical porque se conseguirmos essa mudança o benefício será aulas e alunos aprendendo com prazer e músicos muito mais capacitados tanto para as funções musicais religiosas, quanto para o mercado de trabalho.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Pesquisa sonora e improvisação Profª Dra. Enny Parejo

Pesquisa sonora e improvisação com Enny Parejo

Na primeira aula do dia 03/04/2012, começamos a aula com um aquecimento e alongamento corporal. Enquanto a professora tocava o atabaque nós íamos movimentando diversas partes do nosso corpo começando pela cabeça até chegar aos pés. Depois  a professora ofereceu-nos o atabaque e outro aluno ficou tocando enquanto ela se aquecia e nós terminávamos de fazer o aquecimento. Nessa atividade senti uma diferença grande entre a professora e o aluno que tocou, pois, o som estava mais pesado e tenso. Senti no corpo a diferença sonora para aquecer e alongar porque o som vinha carregado de tensão, enquanto que com a professora o som vinha suave e era relaxante. O que percebi nessa atividade é que a forma como tocamos o instrumento seja ele de percussão, teclas, sopros ou cordas no momento do aquecimento e alongamento corporal, fará com que as pessoas relaxem ou fiquem mais tensas.
Em seguida começamos uma atividade com um ritmo binário criado por cada aluno. Todos tocamos juntos todos os ritmos e ficou difícil de entender, pois muitos ainda tem dificuldade de se ouvir e ouvir o todo. Então a professora sugeriu que entrássemos cada qual com o seu motivo rítmico até chegar no tutti, foi então que todos começaram a se ouvir, tanto o que fazia como o que os outros faziam. Após essa audição geral, começamos a improvisar em duplas, isto é, tinha um dialogo entre dois instrumentos e depois voltávamos ao tutti. Na primeira vez foi improviso sem métrica, todos nos sentimos a vontade, mas na segunda rodada a professora estipulou dezesseis compassos binários, então quase que a maioria dos alunos sentiram-se presos e me senti preso também com a preocupação de manter o improviso dentro dos dezesseis compassos. Comentamos com a professora a respeito desta dificuldade e ela falou que devemos praticar mais, pois a forma é importante e por meio da prática nos apropriamos dela para com ela e por ela nos superarmos dentro do improviso, essa superação só vem com a prática do fazer musical. Após essa atividade fizemos a exploração sonora da folha de jornal, apesar de ter pouca intensidade sonora o jornal possibilita diversos sons, percussivos, de sopro, (rasgado, dobrado e amassado), sendo esses três últimos próprios do papel. Depois de explorarmos sonoramente a professora fez uma pontuação que poucos levaram a atividade a sério, pois em pouco tempo pararam de manipular as folhas de jornal. Após essa pontuação solicitou-nos que fizéssemos uma composição com os sons explorados. Apesar de eu ter errado no ritmo a Carolina captou a essência do que eu tinha composto, pois ela falou ter percebido o ritmo do samba e o barulho de um trem. Essa era minha ideia, pois com os dedos imitava no jornal o som das pessoas entrando no bonde, em seguida dobrava a folha e esfregava uma na outra tentando imitar o barulho do bonde nos trilhos, e depois tocava o ritmo do samba no jornal como se fosse um pandeiro. Para mim essa atividade foi bem prazerosa, divertida e instrutiva, pois quando cada um apresentava a sua composição eu ficava tentando descobrir o que a pessoa tinha feito sonoramente, então ouvi e imaginei diversos sons. Alguns eu acertei outros a pessoa que produziu o som não tinha pensado em nada do que eu consegui ouvir e imaginar, apenas pensaram no mecanismo de amassar, dobrar ou rasgar o papel. Entretanto, penso eu que, essa atividade de exploração sonora passa a fazer mais sentido quando utilizamos a imaginação e o faz de conta que na criança é natural e para nós adultos ela já foi sufocada. Portanto, para esse tipo de atividade, penso eu que devemos nos esforçar para despertar novamente a imaginação e o faz de conta para que possamos aproveitar mais essas possibilidades sonoras que vão além das ondas sonoras, ou seja, utilizam os espectros do som. Depois da exploração e composição com o jornal exploramos o papelão livremente. Cada um apresentou um som diferente e depois a professora pediu para que fizéssemos uma composição que fosse agrupando esses sons. Foi muito gostoso fazer essa atividade, o Horácio conduziu, a professora conduziu, o Diogo conduziu, enquanto eles foram fazendo suas composições utilizando os nossos sons eu me lembrei de uma apresentação da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo que começava com a percussão imitando os fogos de artifícios, pois tinha uns sons agudos e um som grave que estavam fazendo na sala que me lembrou esse som. Eu só precisei executá-los na ordem, ou seja, três sons agudos e o grave forte finalizando como um tiro de rojão. A professora pediu para que eu intercalasse essa sequencia e o improviso de tutti e soou bem interessante a proposta. Durante essa aula ficou bem visível que alguns alunos não conseguem usar a imaginação e não gostam de trabalhar com esse tipo de som, mas, nós como professores não podemos nos abster de utilizar a música contemporânea na sala de aula, pois ela nos possibilita um enorme ganho na educação. Ela possibilita desenvolver a criatividade, a emoção, o entrosamento e a participação de todos na sala de aula, pois com qualquer material selecionado podemos fazer música e o que é melhor com qualidade, pois para fazer música com esse tipo de material a criança ou o adulto tem que entender as propriedades do som. Portanto o ganho de se trabalhar com a música contemporânea é imediato, prazeroso, instrutivo, instigante e divertido, pois possibilita a utilização dos instrumentos convencionais e de diversos materiais que produzam som. Sendo que a grande aprendizagem ocorre na exploração dos materiais que produzem som, pois os participantes terão que classificar os sons explorados em relação a altura, timbre, duração, intensidade e densidade do som  e é esse um grande momento de muita aprendizagem.

Aula do dia 09/04/2012

Nessa aula praticamos um pouco de contação de histórias e a professora abordou que devemos utilizar o timbre, a altura, a intensidade e a duração do som durante a contação das historias, pois isso deixa a história mais divertida e prende a atenção das crianças. Com certeza a utilização das propriedades do som e a criação de vozes para os personagens das histórias infantis deixam as crianças encantadas e com a atenção totalmente voltadas para a história que esta sendo contada. Essa experiência eu já tive até em sala de aula convencional e com alunos do quinto ano do ensino fundamental, pois contava histórias nas aulas e eles prestavam atenção e gostavam de ouvir. Na verdade fiz essa atividade como uma experiência na sala de aula. Pensava que eles já não iriam curtir por causas dos desenhos e filmes que assistem na TV, mas para minha surpresa eles gostaram muito de ouvir as histórias. Depois de contar a história pedia para que escrevessem com suas próprias palavras e a maioria escrevia a história inteira com começo, meio e fim. Detalhe que me chamou a atenção foi que eles comentaram que eu lia a história de um jeito diferente, então os questionei, como assim? Eles responderam: Você cria vozes diferentes para os personagens e coloca sons na história. Nesse bimestre do ano de 2008 fui chamado para dar uma oficina de musicalização na escola, então abordei esses assuntos fizemos uma prática de contação de história e as professoras gostaram de fazer a oficina.
Na aula como a professora Enny ainda contamos a história e utilizamos os instrumentos durante a contação da história. Cada grupo apresentou a sua história e foi muito rica a apresentação de cada grupo ou dupla, pois nessa atividade cada grupo mostrou sua sensibilidade e criatividade para encaixar os instrumentos e o som no contexto da história.

Aula do dia 16/04/2012.
A aula começou com cada um pegando o próprio instrumento e tinha instrumento de percussão de altura definida ou não, de sopros e de cordas dedilhadas e friccionadas. A professora tocou um motivo e nós repetimos, depois cada um criou o seu motivo e todos nós repetíamos, após todos tocarem individualmente a professora apresentou um tema melódico de duas frases que foi o nosso ostinato e a partir dele exploramos diversas texturas sonoras. Em seguida continuamos a atividade com o tutti tocando o ostinato e sendo substituido por um improviso diálogo entre dois instrumentos e novamente interrompido pela entrada do tutti em ostinato. O mesmo ocorreu individualmente um solista interrompia o tutti e o tutti interrompia o solista, como num concerto grosso. Depois a professora sugeriu um trio ou quarteto dialogando e o tutti interrompia o solo do quarteto e similar o quarteto interrompia o tutti. Na primeira vez com o quarteto não funcionou bem, pois a ansiedade do grupo em tocar não deixou ouvir os quatro instrumentos mais fracos que tentaram dialogar, então o tutti cobriu a conversa. Paramos e discutimos sobre a nossa prática e na segunda vez já foi um pouco melhor, pois conseguimos nos ouvir um pouco mais, porém percebemos que como grupo ainda precisamos melhorar muito mais a nossa escuta. Depois dessa atividade fizemos uma exploração de timbres e possibilidades sonoras nos nossos intrumentos e com esses sons dialogávamos com os outros em duplas, trios e quartetos. Novamente tivemos dificuldade para desenvolver a atividade com os quartetos, pois tínhamos que ouvir quatro instrumentistas dialogando, depois alguém tinha que ir entrando e substituindo os indivíduos da conversa, esse processo ficou confuso, pois muitos não esperavam a conversa entre o quarteto se firmar para entrar e interromper. Precisamos aprender a ouvir mais e vencer a ansiedade enquanto grupo musical. Em seguida a professora propôs a exploração com pontos sonoros começando rarefeito, ficando denso e silenciando com a entrada de um solo que poderia ser individual, em dupla ou trio que seria interrompido pelo tutti novamente com os pontos rarefeitos que ficariam densos. Nessa atividade também a não escuta do grupo atrapalhou, sendo que somente na segunda vez que fizemos após a discussão, melhorou um pouco, mas ainda pode ser melhor se nos escutarmos mais e vencermos a ansiedade de tocar. A atividade seguinte foi a projeção de uma história e nós tivemos que sonorizar com os nossos instrumentos, foi muito divertido e rimos bastante na sala de aula, pois cada um utilizou os instrumentos em momentos específicos da história. Após essa atividade fizemos a musica de algumas paisagens ou quadros abstratos que a professora nos apresentou, o grupo que participei apresentou um quadro que continha duas gaivotas voando e o mar. Produzimos o som do mar, o som das gaivotas, umas frases da Garota de Ipanema e voltava para o som do mar. Cada grupo apresentou um quadro diferente e gostei muito de apresentar e ouvir a apresentação dos outros grupos. Já no final da aula pedi para fazer um quadro com todos, pois gostei muito das linhas melódicas e possibilidades sonoras que ele apresentava.
Conclusão
As três aulas de pesquisa sonora e improvisação serviram para ampliar o horizonte das possibilidade sonoras que podemos utilizar em nossos trabalhos como educadores, compositores e interpretes. Para mim e alguns outros alunos, ficou a vontade de improvisar e explorar mais os sons porque foram atividades muito prazerosas e instrutivas, já para outros deu para notar que era uma atividade massante e que não proporcionava prazer e nem interesse. Sou suspeito para falar sobre música contemporânea, pois foi por meio dela que passei a tocar melhor a música tradicional. Termino com um frase de Paulo Leminski. Nunca cometo o mesmo erro duas vezes já cometo duas três quatro cinco seis até esse erro aprender que só o erro tem vez.