terça-feira, 2 de maio de 2023

Maria J. Alves, mnha primeira professora de Música e harmonia.

No mês de janeiro de 2023, tive o privilégio de realizar o sonho da minha primeira professora de música. Ela fez um trabalho de musicalização infantil comigo desde os primeiros dias de gestação, pois, tocava sanfona/acordeon quase todos os dias na igreja. Essa acordeonista foi quem me deu uma aula básica de harmonia e percepção harmônica quando me fez ouvir e sentir as progressão I IV V I. I IV I e I V I. O professor Julio Cesar em um curso de arranjo nos mostrou que a harmonia se resume a isso, entendendo e sentindo isso tocamos de forma minimalista qualquer música tonal. O arranjo musical parte desse princípio para coisas mais elaboradas. O sonho que realizei dela, foi um passeio de balão em Boituva, depois, fomos para Itu e lá ela tocou o acordeon de sua cunhada, minha tia Islaine. Caro leitor, foi difícil segurar a emoção, pois faz muitos anos que ela não toca acordeon. Já toquei muito o trompete com ela na igreja. Compartilho o vídeo dela tocando e confesso que me emocionei muito para cantar e para não chorar. Abraços!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Música e Recuperação das Aprendizagens - Alfabetização

Música e Alfabetização

        No ano de 2022, pós pandemia, trabalhei com um quinto ano e ao fazer a sondagem de leitura, descobri que 12 crianças não sabiam ler. Pensei, o que fazer para resolver esse problema além das atividades cotidianas de sala? Vamos cantar! Lembrei que quando criança e adolescente sempre cantava na igreja lendo as letras, mas, era preciso decorar para fazer os gestos e isso nos ajudava desenvolver a leitura e a memória. Então, no segundo bimestre fiz a proposta para as crianças e começamos um projeto de Canto Coral Infantil.

        Utilizamos os momentos de aquecimento para vocalizarmos com as vogais e depois com as sílabas simples e posteriormente com as sílabas complexas. O foco nesse caso não era a musicalização em si, mas, o desenvolvimento da leitura por meio da música. Sempre depois do aquecimento os alunos com a letra da música já colada no caderno acompanhavam cantando. Ah! É importante lembrarmos que antes de cantar fazíamos a leitura das músicas e o entendimento sobre o assunto.

        A música é uma ferramenta tão poderosa que, desses 12 alunos, apenas 2 não se desenvolveram como poderiam, pois, um teve muitas ausências e quando vinha não queria fazer as atividades e o outro que era pré-silábico no início do ano, mas, começou a ler silabas simples entre o segundo e terceiro bimestre. Entretanto, por motivos de saúde se ausentou no último bimestre. Os demais alunos, todos terminaram o ano lendo parágrafos inteiros com fluência durante as atividades de leitura do quarto bimestre.

        Outro fato interessante, durante as aulas quando cantamos a música Paz Pela Paz, alguns alunos falaram que era muito bonita e que estavam emocionados. Com a Adrian Calcanhoto cantando Fico Assim Sem Você, todos gostaram muito de cantar e se emocionaram. As músicas que fizemos com gestos, não preciso nem falar que foram muito divertidas.

        As músicas que cantamos em sala de aula com o Youtube e outras acompanhadas ao violão:

  • Cantigas de roda
  • Yapo
  • Catira do Passarinho de Celso Pan e Jacqueline Baumgratz
  • Quero Paz - Roberto Carlos
  • Paz Pela Paz - Nando Cordel

        Essas cantamos na sala de aula no terceiro e quarto bimestre

  • Tiro ao Álvaro - Adoniran Barbosa 
  • Fico Assim Sem Você - Claudinho e Bochecha, versão Adriana Calcanhoto
  • Melo do Marinheiro - Paralamas do Sucesso
  • Prá Melhorar - Marisa Monte
  • Si Mama Kaa - Tradicional da Tanzânia 


        Infelizmente perdi o celular em novembro, então, compartilho o link da apresentação no Facebook.

 https://web.facebook.com/100000294814356/videos/pcb.5964423990244036/627447562284956

Alunos do 5º Ano C da EMEF Águas de Março 

Flauta Transversal: Isabela Santos Alves

Regência e Violão: Isaac Alves


                                            Agradeço pela atenção e leitura

                                                                        Aguardem novidades chegando!

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Lendo e cantando uma partitura não convencional (musicograma)


Na aula do dia 10 e 12 de maio os alunos do terceiro ano leram e cantaram com o musicograma do minueto de Boccherini. Foi um sucesso total, pediram para cantar mais uma vez assim que terminamos de cantar. A atividade começou com a pergunta o que os músicos fazem para em um número tão grande tocarem e cantarem juntos? Respostas: - Ensaiam. Respondi que sim, ensaio é importante, mas como eles ensaiam o que fazem no ensaio? R. Sons, música. Novamente perguntei: Mas como eles fazem sons e música juntos? Respostas de um aluno: - Eles tem um papel para ler. Então, expliquei que o papel se chamava partitura e que na partitura tem a representação da duração, altura, intensidade e timbre dos instrumentos. Após isso apresentei uma partitura convencional e depois o musicograma do Boccherini. Lemos a "bula" e depois cantamos juntamente com a gravação.
As crianças ficaram muito encantadas e empolgadas durante a atividade. Em um outro dia, a professora de artes veio me falar que os alunos estavam cantando em sua aula uma música que a princípio ela pensou ser funk, mas depois percebeu que não era e questionou a turma, eles responderam que era uma música que o professor de leitura tinha ensinado. Nem só de funk e forró vive a periferia! Se tiverem oportunidade de ouvir e fazer outras musicas ou atividades eles fazem e gostam.

Aguardem, esse musicograma não sei de quem é a autoria, mas estou fazendo do Johann Philipp Krieger, espero que fique bacana a partitura não convencional.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Escuta passiva e leitura

Na Semana passada no dia 19 de abril as professoras das salas de aula dos terceiros anos leram a história do Mozart da coleção crianças famosas. Quando as crianças entraram na sala de leitura, lemos a primeira parte da sinopse sobre a Ópera A flauta mágica e assistimos uma parte do desenho da ópera. As crianças amaram. Na aula dessa semana, 26/04, lemos a sinopse inteira e terminamos de assistir o desenho sobre a ópera A flauta mágica. Ao final as crianças viram a ária da Rainha da noite com a soprano Diana Damrau e ficaram encantadas. Algumas falaram que seriam cantoras de ópera quando crescessem. Estou vendo como dá resultado o trabalho de formiguinha com as crianças, pois tudo começou no ano passado com cinco minutos de escuta ativa ou passiva durante a aula na sala de leitura. Neste ano estou conciliando a leitura sobre os compositores, maestros, as peças musicais e a escuta das músicas com algumas atividades de musicalização. Abraços!

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Escuta ativa e passiva na sala de aula

No ano de 2016, percebi que as crianças estavam muito agitadas na sala de leitura, então comecei uma experiência de tocar música durante os cinco primeiros minutos de aula. Músicas de três a quatro minutos no máximo. Trabalhando a escuta passiva e ativa. No primeiro momento era difícil eles ficarem quietos para ouvir a música, mas gostaram de fazer a escuta ativa e com o passar dos dias começaram a ouvir e ficar quietos nos momentos de escuta passiva. Uma turma em especial o 2º B que sempre estava bem agitado melhorou muito a escuta e a concentração. Agora neste ano 2017 tive uma grata surpresa com essa turma que é o 3º B, pois na nossa primeira aula fizemos a escuta passiva e ativa do Minueto de Luigi Boccherini e os alunos e a professora da sala gostaram muito. Durante essa aula fizemos a contação de histórias por meio dos sons e foi muito divertida e instrutiva a aula em relação aos sons que nos rodeiam. Na segunda aula que fizemos música foi no dia 07/04/2017, assistimos e ouvimos o primeiro movimento (Allegro con brio) da 5ª Sinfonia de Beethoven regido pelo grande maestro Leonard Bernstein e foi muito, mais muito gratificante ver as crianças assistindo e ouvindo como se fosse um desenho de tão concentrados e atentos que estavam. Pude ver o resultado do trabalho de escuta ativa e passiva que começou com músicas de 3 a 5 minutos na qual os alunos tinham dificuldade de se concentrar para ouvir. Nessa aula foi muito bom ver que ficaram assistindo e ouvindo durante os mais de oito minutos e ao final falarem que queriam ser maestros compositores como o Beethoven. A professora levou o livro Crianças Famosas Beethoven para ler na sala de aula e as crianças gostaram muito da leitura. Fica a dica pessoal, vale a pena investir na escuta ativa e passiva na sala de aula.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016


Um pouco do meu trabalho e ensaio com as crianças e adolescentes na EMEF Chico Mendes. Depois posto um novo vídeo com o trabalho finalizado.

domingo, 24 de junho de 2012

Didática da prática instrumental (Orff) Professora Enny Parejo


Há muitos anos vi uma das apresentações com o instrumental Orff na antiga ULM e fiquei encantado com as possibilidades musicais que ela proporciona. A metodologia que é aplicada para o ensino da música com o instrumental Orff também é dinâmica e prazerosa da forma que a professora Enny conduziu as aulas na Cantareira. Quando comecei na ULM, tive o primeiro contato com metodologias diferentes para o ensino da música, pois tinha sido adestrado com o Bona. Mas ao ver aquela apresentação de crianças de uma forma totalmente musical, fiquei entusiasmado e querendo fazer uma oficina com o instrumental Orff. Contudo me mudei para Ubatuba e a distância, o tempo e a falta de dinheiro impediram e acabei não fazendo. Agora na pós-graduação finalmente consegui participar de uma oficina e amei a forma de trabalhar a música com esses instrumentos porque com pequenas frases ou motivos bem simples que as crianças possam tocar, podemos fazer uma peça musical bem elaborada que soe muito bem. Achei interessante a mobilidade do instrumento, pois podemos tirar as placas e deixar somente as que serão tocadas, isso ajuda as crianças no momento em que estão aprendendo a tocar. A forma como a professora Enny ensinou a segurar as baquetas e a forma que aplicou os exercícios como aquele que contávamos até quatro e passávamos as baquetas para o amigo da direita, ou da esquerda, foi muito gostoso, instrutivo e divertido. As diversas musicas que tocamos e improvisamos foram instrutivas, divertidas e tornaram o fazer e o aprender música muito prazeroso. Como disse acima que fui adestrado no Bona, agora estou tentando divulgar nas igrejas evangélicas essas novas metodologias e práticas musicais, que nem são tão novas. Infelizmente as igrejas ainda continuam utilizando o Bona e no máximo quando mudam, utilizam o Pozzoli rítmico. Contudo, a forma e a metodologia de ensino na maioria das igrejas continuam a mesma anti-musical e ainda continua excluindo o corpo do fazer musical. Entretanto, sabemos que as igrejas são atualmente lugares onde o fazer musical ocorre com uma certa frequência criando e desenvolvendo músicos tanto para suas funções religiosas, quanto para o mercado musical. Portanto, penso que se conseguirmos melhorar o ensino o ganho para a música seria enorme, pois um aluno que tenha um ensino básico de qualidade no início de sua aprendizagem musical terá um ótimo desenvolvimento musical e se posteriormente quiser se profissionalizar bastará dar continuidade nos estudos musicais. Por este motivo estou buscando me aperfeiçoar e divulgar nas igrejas essas metodologias de ensino musical porque se conseguirmos essa mudança o benefício será aulas e alunos aprendendo com prazer e músicos muito mais capacitados tanto para as funções musicais religiosas, quanto para o mercado de trabalho.