segunda-feira, 20 de junho de 2011

Psicologia da educação/Paradoxo Nativo e Como vai a educação brasileira?


Na aula deste dia, 28/03/2011 Discutimos os dois arquivos de imprensa Paradoxo Nativo de Vladimir Safatle  e Como vai a educação brasileira de Otaviano Helene e Lighia B.Horodynsky-Matsushigue. No texto Paradoxo nativo, segundo Safatle os problemas educacionais do Brasil são básicos e precisam de políticas de longo prazo e investimentos maciços, em outras palavras perseverança e dinheiro, Além disso, precisa de um corpo docente altamente qualificado e motivado, ou seja, precisa tornar a profissão de professor atrativa e com salários equivalentes aos demais profissionais que possuem a formação superior. Ao mesmo tempo carece de um sistema unificado de controle da qualidade do ensino, isto é, uma inspetoria geral que avalie aulas, material didático e cobre, assim como aponte os resultados avaliados e ainda necessita de um Currículo mínimo nacional obrigatório e também da implantação de escolas em tempo integral. O texto de  Otaviano Helene e Lighia B. Horodynsky-Matsushigue, Como vai a educação brasileira aponta uma pesquisa que foi realizada em 65 países e revelou que o Brasil ocupa o 53º lugar em compreensão da leitura e Ciências. Esta pesquisa mostra a ausência de um processo que promova a inclusão das camadas desfavorecidas da população no processo educativo e que cerca de 20% dos brasileiros com 15 anos estão fora da escola. Além disso, indica que a concentração de renda em conjunto com a desigualdade social gera um sistema educacional profundamente desigual. Ainda aponta que a educação ficará sem saída enquanto os professores estiverem desmotivados com os baixos salários e sem as condições dignas condições de trabalho e afirma ainda que a escola deve ser em tempo integral e que esses problemas educacionais são resultantes da falta de compromisso público do legislativo e executivo dos governos.

Como podemos ver os dois textos apesar de serem de autores diferentes convergem para denominadores comuns, ou seja, uma política educacional estruturada, um currículo mínimo aplicado, valorização dos professores com salários dignos e a escola em tempo integral. Somente com a mudança real nesses pontos abordados acima, e, não com esta farsa  fictícia, marqueteira e mentirosa que ocorre nos anos eleitorais, a educação poderá ser uma ferramenta de inclusão das camadas mais desfavorecidas, promovendo um acesso melhor e maior aos conhecimentos produzidos pela humanidade. Porém, tendo em vista, o operador recursivo que segundo E. Morim é um dos operadores da complexidade, vejo um circulo vicioso, que aponta poucas possibilidades de transformação na educação brasileira em relação aos pontos já abordados, pois, a maioria da população desfavorecida, sem estudo e que sofre com a desigualdade social elege os políticos, políticos esses que, com uma simples assinatura mudam a cada governo a política educacional de acordo com os interesses pessoais e isso acaba gerando mais desigualdade e exclusão cultural da população que tornará a eleger os mesmos políticos ou outros indicados pelos mesmos. Agora, aproveitando todo este lastro religioso em que fui imerso: como pode “um povo que não sabe discernir entre a mão direita e esquerda” (profeta Jonas - Bíblia), saber eleger seus representantes no governo? Penso ser uma tarefa quase impossível, pois, ainda de acordo com uma das citações de (Jesus Cristo - Bíblia) e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará, portanto, volto ao operador recursivo da teoria da complexidade que um povo sem educação e cultura não sabe eleger seus representantes. Sendo assim, estes falsos representantes políticos que são eleitos pelo povo, alimentam-se deste ciclo vicioso no poder dos governos sejam municipais, estaduais ou federais.

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