segunda-feira, 25 de julho de 2011

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Didática/ Pedagogia

Estou colocando esse vídeo, pois tem tudo a ver com o que estudamos e discutimos nesse semestre e também porque o Mario Sérgio Cortella explica as palavras a partir da etimologia de cada uma delas, o que facilita nossa compreensão.

Como ser um bom professor

Não tenho nem que comentar!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Psicologia da educação/ Para pensar: A diferença entre professores e educadores.

MARCAS DE BATON NO BANHEIRO


Numa escola pública estava ocorrendo uma situação inusitada: meninas de 12 anos que usavam batom, todos os dias beijavam o espelho para remover o excesso de batom.

O diretor andava bastante aborrecido, porque o zelador tinha um trabalho enorme para limpar o espelho ao final do dia. Mas, como sempre, na tarde seguinte, lá estavam as mesmas marcas de batom...

Um dia o diretor juntou o bando de meninas no banheiro e explicou pacientemente que era muito complicado limpar o espelho com todas aquelas marcas que elas faziam. Fez uma palestra de uma hora.

No dia seguinte as marcas de batom no banheiro reapareceram...

No outro dia, o diretor juntou o bando de meninas e o zelador no banheiro, e pediu ao zelador para demonstrar a dificuldade do trabalho. O zelador imediatamente pegou um pano, molhou no vaso sanitário e passou no espelho.

Nunca mais apareceram marcas no espelho!  
Moral da história: Há professores e há educadores...
Comunicar é sempre um desafio!
Às vezes, precisamos usar métodos diferentes para alcançar certos resultados.

Por quê?
•Porque a bondade que nunca repreende não é bondade: é passividade.
•Porque a paciência que nunca se esgota não é paciência: é subserviência.

•Porque a serenidade que nunca se desmancha não é serenidade: é indiferença.
•Porque a tolerância que nunca replica não é tolerância: é imbecilidade.


"O saber a gente aprende com os mestres e os livros. A sabedoria se aprende é com a vida e com os humildes".

terça-feira, 28 de junho de 2011

Didática/ Como nasce um paradigma.

Como estamos falando e discutindo muito sobre a mudança de paradigma, estou postando este vídeo para ajudar na compreensão do que é, e como nasce um paradigma. É bem bacana e ilustração do vídeo.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Psicologia da educação/A Psicologia e o Mestre.


A ciência ainda não chegou aos dados e descobertas que nos permitam encontrar as chaves para a psicologia do mestre, porém para olharmos o processo educacional de forma mais abrangente devemos observar de um ângulo psicológico todos os aspectos importantes para o seu desenvolvimento e, é necessário levar em canta também a psicologia do trabalho do mestre para mostrar a que leis ele está sujeito. Isto é, cada concepção pedagógica se relaciona a uma concepção específica da natureza do trabalho do mestre. O professor que antigamente era o transmissor de conteúdos e que sabia "tudo", atualmente esta sendo cada vez mais deixado de lado e substituído de todas as maneiras pela energia ativa do aluno, que  procura por conta própria obter conhecimentos, e mesmo quando os recebe do mestre procura transforma-los, ou seja, o aluno se educa. O que importa neste momento educacional não é a quantidade de conteúdos e sim educar a habilidade para aprender e adquirir o conhecimento para sua utilização. Portanto, recai sobre o professor um novo papel que é o de ser o organizador do meio social e este é o único fator educativo. Então o docente não pode se tornar deplorável exercendo o papel de apostolo da verdade, mas sim ser um sujeito dinâmico e vivo que socialize e aprenda em conjunto com os alunos o que a humanidade já produziu de cultura e conhecimento. O professor deve ter em mente que o magistério não é para qualquer um e para ser um bom professor precisa ter clareza e precisão para que possa assim orientar o próprio conhecimento e o dos alunos. Os alunos sempre foram carregados pelos professores e isso incutia no mestre a ideia de que deviam sempre estar inspirados, porém essa inspiração não é problema para o professor. O problema é que nem sempre os alunos ficam inspirados pelos mesmos motivos que o professor e a tarefa do professor é que o aluno se entusiasme por seu próprio interesse, curiosidade e necessidade educacional. Porém, do  professor é exigido que tenha o conhecimento preciso nas leis da educação, pois seu trabalho deve ser construído com base no conhecimento educacional e científico. Portanto, podemos ver que a primeira exigência feita a um professor é para que ele seja um profissional cientificamente instruído e além de ser cientificamente instruído, deve ser um professor de verdade, pois atualmente cobra-se do professor um alto grau de conhecimento sobre a sua prática profissional porque a pedagogia se tornou uma verdadeira arte complexa e com base científica. Outro ponto a se levar em consideração é a relação entre professor e aluno, pois na escala social das relações humanas essa relação pode atingir muita intensidade, transparência e elevação desde que o professor consiga viver na comunidade escolar como parte inalienável dela. Porém para que isso ocorra o professor deve ser criativo e dinâmico, pois somente assim poderá criar em pedagogia e buscar a junção de seu trabalho com o trabalho do cientista, do político, do economista, do sociólogo e também do artista.

Psicologia da educação/Vigotsky e a Arte.


A arte deriva daquilo que no ser humano é superior a vida, ou seja, a arte transcende a vida e não é uma mera contemplação da vida como muitos pensam. Por conter em si a atividade da estética ela exerce uma função de catarse, isto é, liberta o espírito humano das paixões que o atormenta. Toda arte traz em si a contradição, a repulsão interior, a superação e a vitória, pois estes são os constituintes obrigatórios do ato estético que permitem a dialogicidade. Ou seja, Parafraseando a ópera, precisamos contemplar o feio em toda sua intensidade para depois colocar-se acima dele no riso. é necessário vivenciar com o herói da tragédia todo o desespero da morte para após com o coro elevar-se sobre a tragédia e a morte. A complexidade da arte se dá em uma luta interna que se conclui por meio da catarse, ou seja, a catarse que de acordo com o psicólogo Carl Gustav Jung é como uma confissão, isto é, prática que ocorria antigamente em rituais de iniciação. E esta prática deve propiciar à pessoa derribar suas defesas internas no momento em que compartilha com alguém o que está embaraçando seu self. Deste modo, ao materializar esta estrutura catártica, a pessoa entra em uma nova fase de maturação. Essa catarse ocorre porque a arte permite essa emoção dialética que reconstrói o comportamento e ela é uma luta que se processa internamente em cada indivíduo dialogando consigo mesmo e com a arte.

Quais os objetivos da educação estética?

Um dos objetivos da educação estética é além de desenvolver determinadas habilidades técnicas da arte é também educar nas crianças o juízo estético e as habilidades para perceberem e vivenciarem as obras de arte. Em termos educativos o desenho infantil sempre é um fato alentador, mesmo quando estéticamente parece feio. Por meio do desenho a criança aprende a dominar, superar e vencer o sistema de suas vivências, ou seja, ensina a criança a ascender à sua psique. Quando a criança desenha um animal, objeto etc, ela se supera e ascende da vivência imediata para a psicológica. Portanto se desejamos uma educação estética não devemos corrigir as composições infantis porque essa correção deformaria os motivos interiores que levaram a criança a produzir o desenho. O desenho e a escrita que a criança produz nessa fase infantil deve partir de sua necessidade psicológica de se expressar e não de nossa necessidade de que ela se torne um pintor, um escritor, etc. O contato com a técnica de cada arte torna-se uma condição indispensável na formação da criança e toda formação pedagógica que se preza deve proporcionar pelo menos o mínimo conhecimento técnico da estrutura das obras de arte. Estas técnicas devem integrar forçosamente o sistema de educação geral das crianças, porém não de forma profissionalizante, pois a busca pelo  profissionalismo da arte na escola  tem em si muito mais perigos do que benefícios para o fazer pedagógico. Podemos ver pelo que ocorreu na Europa e na Rússia, as experiências do ensino musical para as crianças não foram nada alentadoras porque se tornaram regra para a classe média abastada. Entretanto, o enfoque foi no piano e o resultado que se conseguiu é ínfimo em relação aos anos de trabalho que se gasta para o domínio do instrumento. Com esse fato podemos perceber que nada foi acrescentado a arte musical e muito menos a educação musical, pois essa visa o desenvolvimento da compreensão, da percepção e do vivenciamento da música, entretanto, é de se admirar, pois nunca e em parte alguma ambas estiveram em um nível tão baixo quanto nesse meio em que o aprendizado do piano tornou-se regra obrigatória do bom tom.
           

Portanto, nesse sentido que o ensino profissionalizante da técnica de cada arte pode ser prejudicial quando enfocado na formação geral escolar e por isso deve ser introduzido na educação com certos limites, reduzido ao mínimo e, principalmente, atrelado a duas outras linhas de educação estética que são: a própria criação da criança e a cultura de suas percepções artísticas. A técnica só será útil se for além dela mesma e proporcionar um aprendizado criador, ou seja, um aprendizado que permite criar, recriar e perceber o que já foi criado pelos outros. Assim sendo, podemos ver que a educação musical ou arte musical somente pode surtir efeito tiver como enfoque geral e comum o que a educação social e a educação estética  têm entre si. Ou seja,  finalidades gerais que visam estabelecer o contato entre o psiquismo da criança com as esferas mais amplas da experiência social já acumulada para que ela amplie suas experiências que são pessoais e limitadas. Os seres humanos já produziram uma quantidade muito vasta de obras de arte que quando o fazemos parece que não faz a mínima diferença em relação a grande quantidade e qualidade já produzida. Por isso que, quando falamos de educação estética no sistema de educação geral,  devemos ter em mente essa incorporação da criança na experiência estética produzida pela sociedade humana. Essa introdução da criança de forma integral na arte monumental, faz com que ela se envolva e desenvolva o psiquismo nesse trabalho geral e universal que a sociedade humana desenvolveu ao longo dos milênios, deixando o seu psiquismo sublimando na arte. É aqui que reside a contato para a tarefa mais importante da educação estética que é introduzir a educação estética na própria vida. Isto é, a arte transforma a realidade nas fantasias e também na realidade, ou seja, a casa e o vestuário, a conversa e a leitura, e a maneira de andar, tudo isso pode servir para a elaboração e reelaboração estética. Portanto, a elaboração artística precisa penetrar cada movimento, palavra, sorriso e ação da criança se constituindo como a tarefa mais importante da educação estética promovendo a elaboração criadora da realidade, dos próprios movimentos e ações que iluminam e promovem as vivências cotidianas da criança de forma criativa.


IN VIGOTSKI, L.S.. PSICOLOGIA PEDAGÓGICA, SP, Martins Fontes, 2004.