segunda-feira, 20 de junho de 2011


No dia 25/04/2011. Começamos a aula com alongamentos em seguida demos as mãos e fizemos um exercício de respiração para relaxar, após sentamos e fizemos uma escuta musical ativa.
Discutimos sobre o pensamento cartesiano e também sobre o pensamento complexo em seguida assistimos alguns trechos de uma entrevista de Edgar Morin expondo sobre alguns conceitos da teoria da complexidade.  

COMENTÁRIO PESSOAL REFLEXIVO:
A professora deu início à discussão sobre a teoria da complexidade.
Começa questionando sobre o que é o simples e depois de alguns minutos de discussão chegamos à conclusão que isso é uma ilusão, pois o simples não existe. O pensamento simplificador é resultado da inteligência cega e esta é reducionista e fragmentadora. Para fugirmos a este reducionismo e fragmentação precisamos desenvolver o autoconhecimento para entendermos os diversos eus existentes em nós, isto é, existem diversas ideias em nossas mentes que não são nossas, foram pensadas por outras pessoas a milhares de anos atrás. E, é ai que se não desenvolvermos o autoconhecimento não conseguimos desenvolver um pensar como seres complexos.
O pensamento simplificador vem do paradigma Cartesiano (Descartes séc.XVII) “Penso, logo existo”, este é o primeiro pensamento da racionalidade e é um pensamento disjuntor que parte em busca da micro para entender o macro. Entretanto, com a evolução da ciência estamos vendo a quebra desse paradigma cartesiano ocorrer. Penso que por causa da realidade em que os cientistas viviam em relação à história da ciência e o domínio religioso este pensamento foi uma válvula de escape para se conseguir uma evolução científica e também a quebra do paradigma religioso que aparentemente parece estar sendo quebrado. Atualmente estamos vendo a ciência se abrindo para o pensamento mais complexo, buscando compreender o ser humano e o planeta e o universo com o uma teia complexa, onde cada espécie interfere e interage com as outras, ou seja, estamos descobrindo que vivemos em uma realidade multidimensional, global e complexa. Portanto, não podemos nos fechar em nós mesmos, nos nossos problemas pessoais, ambientais, econômicos, sociais etc e esquecermos o mundo. Ao contrário temos que interagir com o mundo, pois os nossos problemas se refletem, interagem e afetam o mundo. Porém, para que isso ocorra a educação necessita dessa quebra de paradigma e precisa educar o ser humano que é um ser multidimensional, ou seja, precisamos desvelar o corpo que foi separado e esquecido anteriormente na educação, pois de acordo com o pensamento cartesiano e religioso tudo que se referia ao corpo era errado, porém, como afirma A. Damásio que corrige o erro de Descartes, “Sinto, logo existo”, partindo deste princípio não existe pensamento sem corpo, pois é no corpo que sentimos e pensamos.

(Perfeito Isaac! Juntamente com o corpo vem as outras dimensões negligenciadas no processo: emoção criatividade, relação humana...entre outras.)

OUTRAS OBSERVAÇÕES:
Na exposição de Edgar Morin durante o filme me interessou muito quando ele abordou sobre os operadores da complexidade que são eles: o primeiro deles é o dialógico e este operador permite juntar, entrelaçar, ou seja, com ele podemos aceitar que devemos obter uma equidade entre razão e emoção; o segundo é o operador recursivo e este nos aponta que a recursividade ocorre da seguinte forma: uma causa produz um efeito e este efeito produz a causa, ou seja, penso que é como um movimento cíclico, ou ainda segundo Albert Einstein ação e reação, porém com um retorno à ação, ex. homem e mulher geram uma criança que posteriormente gerará outra criança; e o terceiro operador que é chamado de holograma/hologramático este nos proporciona a ideia de totalidade, isto é, quando vemos a parte não dissociamos o todo da parte e nem a parte do todo.
Estes operadores me chamaram muito a atenção pois eles estão no nosso cotidiano o tempo todo, porém só conseguimos observa-los se nos despirmos do pensamento cartesiano e reducionista.

(Excelente percepção Isaac!)

Com retorno da professora.

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