É um espaço para compartilhar alguns trabalhos escritos que fizemos, experiências e atividades musicais desenvolvidas na pós graduação em música. Posteriormente, passei a compartilhar atividades desenvolvidas nas escolas que lecionei ou leciono embasado nos diversos pedagogos que estudamos, pois, carregamos conosco uma centelha da ideia de cada um dos nossos antepassados.
terça-feira, 28 de junho de 2011
Didática/ Como nasce um paradigma.
Como estamos falando e discutindo muito sobre a mudança de paradigma, estou postando este vídeo para ajudar na compreensão do que é, e como nasce um paradigma. É bem bacana e ilustração do vídeo.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Psicologia da educação/A Psicologia e o Mestre.
A ciência ainda não chegou aos dados e descobertas que nos permitam encontrar as chaves para a psicologia do mestre, porém para olharmos o processo educacional de forma mais abrangente devemos observar de um ângulo psicológico todos os aspectos importantes para o seu desenvolvimento e, é necessário levar em canta também a psicologia do trabalho do mestre para mostrar a que leis ele está sujeito. Isto é, cada concepção pedagógica se relaciona a uma concepção específica da natureza do trabalho do mestre. O professor que antigamente era o transmissor de conteúdos e que sabia "tudo", atualmente esta sendo cada vez mais deixado de lado e substituído de todas as maneiras pela energia ativa do aluno, que procura por conta própria obter conhecimentos, e mesmo quando os recebe do mestre procura transforma-los, ou seja, o aluno se educa. O que importa neste momento educacional não é a quantidade de conteúdos e sim educar a habilidade para aprender e adquirir o conhecimento para sua utilização. Portanto, recai sobre o professor um novo papel que é o de ser o organizador do meio social e este é o único fator educativo. Então o docente não pode se tornar deplorável exercendo o papel de apostolo da verdade, mas sim ser um sujeito dinâmico e vivo que socialize e aprenda em conjunto com os alunos o que a humanidade já produziu de cultura e conhecimento. O professor deve ter em mente que o magistério não é para qualquer um e para ser um bom professor precisa ter clareza e precisão para que possa assim orientar o próprio conhecimento e o dos alunos. Os alunos sempre foram carregados pelos professores e isso incutia no mestre a ideia de que deviam sempre estar inspirados, porém essa inspiração não é problema para o professor. O problema é que nem sempre os alunos ficam inspirados pelos mesmos motivos que o professor e a tarefa do professor é que o aluno se entusiasme por seu próprio interesse, curiosidade e necessidade educacional. Porém, do professor é exigido que tenha o conhecimento preciso nas leis da educação, pois seu trabalho deve ser construído com base no conhecimento educacional e científico. Portanto, podemos ver que a primeira exigência feita a um professor é para que ele seja um profissional cientificamente instruído e além de ser cientificamente instruído, deve ser um professor de verdade, pois atualmente cobra-se do professor um alto grau de conhecimento sobre a sua prática profissional porque a pedagogia se tornou uma verdadeira arte complexa e com base científica. Outro ponto a se levar em consideração é a relação entre professor e aluno, pois na escala social das relações humanas essa relação pode atingir muita intensidade, transparência e elevação desde que o professor consiga viver na comunidade escolar como parte inalienável dela. Porém para que isso ocorra o professor deve ser criativo e dinâmico, pois somente assim poderá criar em pedagogia e buscar a junção de seu trabalho com o trabalho do cientista, do político, do economista, do sociólogo e também do artista.
Psicologia da educação/Vigotsky e a Arte.
A arte deriva daquilo que no ser humano é superior a vida, ou seja, a arte transcende a vida e não é uma mera contemplação da vida como muitos pensam. Por conter em si a atividade da estética ela exerce uma função de catarse, isto é, liberta o espírito humano das paixões que o atormenta. Toda arte traz em si a contradição, a repulsão interior, a superação e a vitória, pois estes são os constituintes obrigatórios do ato estético que permitem a dialogicidade. Ou seja, Parafraseando a ópera, precisamos contemplar o feio em toda sua intensidade para depois colocar-se acima dele no riso. é necessário vivenciar com o herói da tragédia todo o desespero da morte para após com o coro elevar-se sobre a tragédia e a morte. A complexidade da arte se dá em uma luta interna que se conclui por meio da catarse, ou seja, a catarse que de acordo com o psicólogo Carl Gustav Jung é como uma confissão, isto é, prática que ocorria antigamente em rituais de iniciação. E esta prática deve propiciar à pessoa derribar suas defesas internas no momento em que compartilha com alguém o que está embaraçando seu self. Deste modo, ao materializar esta estrutura catártica, a pessoa entra em uma nova fase de maturação. Essa catarse ocorre porque a arte permite essa emoção dialética que reconstrói o comportamento e ela é uma luta que se processa internamente em cada indivíduo dialogando consigo mesmo e com a arte.
Quais os objetivos da educação estética?
Um dos objetivos da educação estética é além de desenvolver determinadas habilidades técnicas da arte é também educar nas crianças o juízo estético e as habilidades para perceberem e vivenciarem as obras de arte. Em termos educativos o desenho infantil sempre é um fato alentador, mesmo quando estéticamente parece feio. Por meio do desenho a criança aprende a dominar, superar e vencer o sistema de suas vivências, ou seja, ensina a criança a ascender à sua psique. Quando a criança desenha um animal, objeto etc, ela se supera e ascende da vivência imediata para a psicológica. Portanto se desejamos uma educação estética não devemos corrigir as composições infantis porque essa correção deformaria os motivos interiores que levaram a criança a produzir o desenho. O desenho e a escrita que a criança produz nessa fase infantil deve partir de sua necessidade psicológica de se expressar e não de nossa necessidade de que ela se torne um pintor, um escritor, etc. O contato com a técnica de cada arte torna-se uma condição indispensável na formação da criança e toda formação pedagógica que se preza deve proporcionar pelo menos o mínimo conhecimento técnico da estrutura das obras de arte. Estas técnicas devem integrar forçosamente o sistema de educação geral das crianças, porém não de forma profissionalizante, pois a busca pelo profissionalismo da arte na escola tem em si muito mais perigos do que benefícios para o fazer pedagógico. Podemos ver pelo que ocorreu na Europa e na Rússia, as experiências do ensino musical para as crianças não foram nada alentadoras porque se tornaram regra para a classe média abastada. Entretanto, o enfoque foi no piano e o resultado que se conseguiu é ínfimo em relação aos anos de trabalho que se gasta para o domínio do instrumento. Com esse fato podemos perceber que nada foi acrescentado a arte musical e muito menos a educação musical, pois essa visa o desenvolvimento da compreensão, da percepção e do vivenciamento da música, entretanto, é de se admirar, pois nunca e em parte alguma ambas estiveram em um nível tão baixo quanto nesse meio em que o aprendizado do piano tornou-se regra obrigatória do bom tom.
Portanto, nesse sentido que o ensino profissionalizante da técnica de cada arte pode ser prejudicial quando enfocado na formação geral escolar e por isso deve ser introduzido na educação com certos limites, reduzido ao mínimo e, principalmente, atrelado a duas outras linhas de educação estética que são: a própria criação da criança e a cultura de suas percepções artísticas. A técnica só será útil se for além dela mesma e proporcionar um aprendizado criador, ou seja, um aprendizado que permite criar, recriar e perceber o que já foi criado pelos outros. Assim sendo, podemos ver que a educação musical ou arte musical somente pode surtir efeito tiver como enfoque geral e comum o que a educação social e a educação estética têm entre si. Ou seja, finalidades gerais que visam estabelecer o contato entre o psiquismo da criança com as esferas mais amplas da experiência social já acumulada para que ela amplie suas experiências que são pessoais e limitadas. Os seres humanos já produziram uma quantidade muito vasta de obras de arte que quando o fazemos parece que não faz a mínima diferença em relação a grande quantidade e qualidade já produzida. Por isso que, quando falamos de educação estética no sistema de educação geral, devemos ter em mente essa incorporação da criança na experiência estética produzida pela sociedade humana. Essa introdução da criança de forma integral na arte monumental, faz com que ela se envolva e desenvolva o psiquismo nesse trabalho geral e universal que a sociedade humana desenvolveu ao longo dos milênios, deixando o seu psiquismo sublimando na arte. É aqui que reside a contato para a tarefa mais importante da educação estética que é introduzir a educação estética na própria vida. Isto é, a arte transforma a realidade nas fantasias e também na realidade, ou seja, a casa e o vestuário, a conversa e a leitura, e a maneira de andar, tudo isso pode servir para a elaboração e reelaboração estética. Portanto, a elaboração artística precisa penetrar cada movimento, palavra, sorriso e ação da criança se constituindo como a tarefa mais importante da educação estética promovendo a elaboração criadora da realidade, dos próprios movimentos e ações que iluminam e promovem as vivências cotidianas da criança de forma criativa.
IN VIGOTSKI, L.S.. PSICOLOGIA PEDAGÓGICA, SP, Martins Fontes, 2004.
Música e expressão pelo movimento/Danças Circulares
A aula do dia 13/06 foi muito boa, exceto por um momento que ocorreu na sala de aula por parte de uma aluna. Senti naquele momento muita hipocrisia, e é isso que atrapalha em muitos momentos uma interação maior entre os grupos na sala de aula, também atrapalha a evolução dos seres humanos. Como somos complexos! "Na boa", fiquei muito mal no momento e querendo revanche, mas, não é isso que vou fazer, pois não é o que quero para minha vida. Quero paz, alegria, amor, amizade, carinho e tudo o mais de bom que a vida nos oferece. Quem quiser ser amargo, arrogante que seja, mas, me deixe em paz.
"Não sou nada, não quero ser nada. A parte isso tenho em mim todos os sonhos do universo." (Fernando Pessoa). Quem quiser sonhar comigo, seja bem vindo ao sonho de paz, de amor, de alegria e humildade, pois, "Só sei que nada sei" (Sócrates).
Começamos com uma dança medieval, depois fizemos O Monograma de Cristo que é uma dança circular muito gostosa. A dança medieval a princípio, tive dificuldade, mas, depois consegui dançar. Eram dois passos para trás começando com a perna direita e quando a esquerda ficava atrás, ameaçava voltar com direita e esquerda (vou não vou) uma vez. Em seguida ia para frente com a esquerda e a direita em seguida ia um passo para a direita e em seguida a perna esquerda também. É uma dança que fazemos de mãos dadas em circulo também, uma delícia. Adorei dançar as duas danças circulares!
Após a aula eu e o Thiago ficamos conversando sobre a aula e sobre como aplicar essas atividades no nosso cotidiano. Como já disse uma vez para a professora, gostaria de ter tido essas aulas há alguns anos atrás, ou seja, precisamente quando trabalhei com o Projeto Guri porque muitos movimentos que fiz foi de forma intuitiva ou lendo em livros, mas não tive este contato com os textos de Laban.
Essas atividades podem ser utilizadas na prática musical, pois, de acordo com o que já trabalhamos com a Enny sobre o Gelewsky, esses diversos movimentos servem para desenvolver a atividade de escuta ativa, pois com eles podemos representar as diversas partes e sonoridade que aparecem na música instrumental de boa qualidade.
Como descobri que estamos no "bladobladobladoyutubiu" kkkk! Resolvi postar um dos nossos vídeos em que fazemos uma dança circular.
Essa dança foi muito gostosa de dançar e para mim tem um significado muito profundo! Maravilhoso, momento Divino!
Como descobri que estamos no "bladobladobladoyutubiu" kkkk! Resolvi postar um dos nossos vídeos em que fazemos uma dança circular.
Essa dança foi muito gostosa de dançar e para mim tem um significado muito profundo! Maravilhoso, momento Divino!
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Psicologia da Educação/Paradoxo Nativo.
De acordo com Vladimir Safatle os nossos problemas educacionais são básicos, ou seja, o que ocorre com o nosso sistema educacional é que os professores estão desmotivados porque a profissão não é atrativa financeiramente e nem profissionalmente. Então muitos professores que estão na docência ficaram desqualificados, pois com o salário que recebem muitos trabalham em dois ou três turnos para poder ter um salário mais ou menos digno, entretanto com essa sobre carga de trabalho não sobra tempo para que se atualizem e se qualifiquem profissionalmente. Um outro fator que atrapalha a educação no Brasil é que não temos um controle de qualidade, como uma inspetoria geral que cobre, fiscalize e até aplique multa aos governos municipais, estaduais e federal quando não cumprir as metas educacionais estipuladas. Ainda aponta que a educação precisaria ter um sistema unificado de controle de qualidade e também um currículo mínimo nacional obrigatório, além de escolas em tempo integral. Portanto de acordo com o autor do texto paradoxo nativo essas ações pedem uma combinação de políticas de longo prazo com investimentos maciço de dinheiro e perseverança na educação.
Psicologia da Educação/Como vai a educação Brasileira?
No texto de Otaviano Helene, podemos verificar que a situação da educação brasileira é no mínimo caótica porque de acordo com uma pesquisa citada por ele, pesquisa essa que foi feita em 65 paises, revelou que o Brasil ocupa o 53º lugar em compreensão da leitura e ciências. E o que é pior não vemos nada apontar para o início de um processo de mudança em direção a inclusão dos menos favorecidos da população brasileira na educação, pois aproximadamente 20% dos alunos com 15 anos estão fora da escola. Outro fator que o autor nos chama a atenção é que a concentração de renda e muito desigual, bem como a desigualdade social e isso atinge profundamente o sistema educacional. Ainda aponta que não haverá saída para a educação se os professores não forem motivados, ou seja, os professores precisam de ótimos salários e ótimas condições de trabalho e plano de carreira e ainda a escola precisa ser desenvolvida em período integral. Entretanto fica muito difícil atingir essas metas, pois falta compromisso público dos poderes legislativo e executivo dos governos.
Psicologia da educação/Texto Aprender de Luiz Fuganti
Segundo o autor aprender não é operação simples, mas, um processo complexo. Nosso sistema educacional visa a despotencialização do ser humano complexo, pois esta compactuado com as classes dominantes e por isso visão somente formar o sujeito moralmente responsável, por meio da inoculação, ou seja, pela introdução, transmissão de um desgosto pelo conhecimento para que o sujeito fique preso as normas e se forme apenas moralmente, Ele ainda afirma que é preciso problematizar a noção de experimentação e dar a ela um sentido mais nobre, ou seja, produzir diferença real no modo de existir por meio de um encontro intenso de desejo do saber criando memória de futuro como forma de continuidade e relançamento do desejo e do pensamento transmutado. O processo de aprendizagem ocorre por meio da extração de nossas vivências e do modo como as resignificamos no cotidiano formando e transformando hábitos antigos. Este processo é recursivo, pois a ação gera a reação que volta a ação, ação esta que é como combustível e intensificador da diferença que se quer diferenciar ou tomar distância de si mesma. Portanto, experimentar no processo de aprendizagem é modificar-se ao máximo e o meio social é condição “sine que non” para a experiência real.
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