segunda-feira, 20 de junho de 2011

Didática/ O que é planejamento?


Não sei qual foi o início da aula do dia 16/05/2011, pois não anotei e não lembro, ou então cheguei atrasado. Continuamos com o tema da aula passada: o que é planejamento? Recebemos um questionário com oito perguntas e também fizemos um trabalho em grupo sobre intervenção, encaminhamento e devolução em relação à prática de cada um no cotidiano e em seguida discutimos sobre o assunto.

O que nós percebemos quando nos reunimos em grupo é que mesmo trabalhando em escolas de educação infantil ou de música, com alunos particulares de instrumentos musicais ou corais os três momentos intervenção, encaminhamento e devolução ocorre. A princípio sentimos dificuldade em desvelarmos estes três momentos em nossas práticas, porém com o desenvolver de nossa conversa percebemos que ocorriam os três momentos, mesmo que às vezes até de forma negativa, mas ocorre. Depois quando todos os grupos socializaram suas descobertas percebemos que  um ensino autoritário a devolução aparece em forma de uma prova que geralmente cobra o conteúdo sem se importar com quem aprendeu, como aprendeu, ou ainda pior, se não aprendeu e porque não aprendeu. É um ensino desumanizador. Já o ensino embasado na multidimensionalidade visa à quebra do paradigma atual da educação e busca a humanização e o desenvolvimento de um ser humano multidimensional. Portanto a devolução leva em conta se o aluno aprendeu, como aprendeu e vai além, pois, se o aluno não aprendeu, busca entender o porque não aprendeu respeitando a individualidade e as limitações e potencialidade de cada ser envolvido no processo educacional.

(Isso mesmo.)

OUTRAS OBSERVAÇÕES:
Foi interessante porque um dos integrantes do nosso grupo trabalha com um coral da terceira idade e a princípio achava que não tinha uma devolutiva de seu grupo porque eles esquecem todo o conteúdo trabalhado. Porém ao conversarmos no grupo ele percebeu que tem uma devolutiva sim, mesmo que negativa {o que seria a devolutiva negativa? O esquecimento dos coralistas? (Sim, durante a discussão chegamos a esse consenso.)}. Então, ainda mais interessante foi a proposta que uma outra participante do grupo fez para ele de que deveria sempre repetir o mesmo planejamento todos os dias como naquele filme "Como se Fosse a Primeira Vez" (50 Fist Dates, 2004) que é uma comédia romântica com Adam Sandler em que sua esposa sofre de uma doença de perda da memória recente e ele tem que reconquista-la todos os dias. Abro aqui um parêntesis, pois, vejo que mesmo com alunos que não tenham nenhum problema, a educação deve ser esta conquista e reconquista todos os dias. Já em relação a estes breves momentos onde trocamos ideias uns com os outros na sala de aula, são momentos riquíssimos porque geram diversos pontos de reflexão diferentes e convergentes dos nossos, e esse é o caminho da educação, pois o próprio significado da palavra escola é lugar de conversar/dialogar. Ao final da aula uma aluna perguntou se existe diferença entre avaliação e devolução. A meu ver, a diferença somente existe entre avaliação e devolução considerando o sistema educacional na qual elas estão inseridas, pois se esse sistema é autoritário, tanto a devolutiva como a avaliação não levará em conta o ser humano se ele aprendeu ou não. O importante neste sistema é o conteúdo, ou seja, mostrar para os pais ou a sociedade que o conteúdo foi transmitido e o aluno adestrado. Já em um sistema envolvido com o desenvolvimento do ser humano complexo a avaliação pode ser diferente, pois ela pode ser (diagnóstica, formativa/somativa e final. Tente se apropriar da nova terminologia...) (ou seja, corrigindo é inicial, formativa e somatória)  enquanto que a devolutiva poderá ser em forma de avaliação ou apenas um momento de uma aula ou discussão ou resposta à uma pergunta ou questionamento do aluno ou professor.

Didática/ O que é planejamento?


O início da aula de 08/05/2011 foi com dança e eu fiquei bem perdido, senti vergonha, mas, estou aberto para aprender e tenho consciência que preciso soltar muito mais o meu corpo porque ele foi muito negligenciado na minha educação. Mesmo não fazendo certo, junto com o grupo foi gostoso fazer a atividade. Após a dança continuamos a discussão sobre o tema o que é planejamento?
(Não existe fazer certo fazemos o que podemos, não é?) Sim, concordo plenamente professora.


COMENTÁRIO PESSOAL REFLEXIVO:
Duas frases me chamaram muito a atenção nesta aula. O planejamento não pode ficar em “piloto automático” e “Os professores são os arautos da liberdade”. Na primeira frase esta realidade ocorre em muitos casos nas escolas, pois o planejamento acaba sendo visto somente como uma prática burocrática e sem significado. Em um outro caso o professor começa a aplicar o planejamento e no decorrer do curso precisa de mudanças, mas estas não ocorrem porque o professor acha que o planejamento deve ser um produto pronto e finalizado em si mesmo. Esse não é o ideal do planejamento. O planejamento é feito com o objetivo de atingir uma determinada meta, portanto para que isso ocorra o professor deve ter sempre em mente a meta, como e porque deseja atingir esta meta, para que assim possa ir adequando o planejamento no decorrer do curso. Por isso não pode ficar em piloto automático. A segunda frase é muito provocadora e filosófica porque nós professores sermos os proclamadores da liberdade é uma grande responsabilidade social, econômica e humana, pois sinto que no momento em que temos acesso ao conhecimento e o usamos de forma consciente estamos nos transformado. Portanto precisamos levar esta transformação á quem quer e precisa porque o conhecimento nos possibilita o desenvolvimento de nossa criticidade, criatividade e não passividade diante de tudo que se apresenta diante de nós aparentemente pronto e simples. 

(Ótimas reflexões, teremos muitos momentos negros de consciência da degradação da educação o que nos salvará será nossa pequena (grande) intervenção nos ambientes onde estivermos, por isso somos arautos da esperança.)

OUTRAS OBSERVAÇÕES:
Nesta aula também foi abordado os três tipos de avaliação propostos por César Coll que são a avaliação diagnóstica, formativa/somativa e a final (Coll as denomina avaliação inicial, formativa e somatória; formativa e somatória não são sinônimos, eu introduzi na discussão a questão do diagnóstico). A avaliação diagnóstica é o levantamento do que os alunos já sabem sobre um determinado assunto que será abordado ou estudado. Já a avaliação formativa/somativa é a que ocorre durante o processo do ensino um exemplo dessa avaliação é o portfólio no qual os alunos vão registrando passo a passo o que estão estudando. Agora em relação à avaliação final, esta sempre foi usada de forma errônea, ou seja, somente para punir os alunos. Entretanto, essa avaliação deve ser um desvelar ou uma descoberta do que se aprendeu ao final de um determinado processo para que assim tanto aluno como professor possam avançar ou retroceder em alguns tópicos ou práticas que não foram bem assimiladas.

Explicar o que é planejamento para um extraterrestre.


Começamos a aula do dia 02/05/2011 com dança e não participei porque cheguei atrasado. Após a dança a professora começou a aula com o seguinte questionamento: Como explicar o que é planejamento para um extraterrestre?

A princípio foi bem complicado pensar sobre isso, pois foge aos padrões de questionamento que estamos acostumados, porém com o desenvolver da aula fomos nos encontrando. Como cheguei atrasado, “cai de paraquedas”, pois não sabia qual era o questionamento, então já fui logo respondendo sobre o texto do Luckesi que eu tinha feito um resumo no caderno, então depois a professora me informou da pergunta acima e como já disse causou-me uma sensação de estranhamento. Com o decorrer do assunto a professora nos conduziu ao processo de ensino/aprendizagem que deve ocorrer de forma cíclica ou recursiva para estar completo. Este processo pode ser dividido em três partes:
  • momento de intervenção que deve ser dinâmico, criativo e envolvente, pois é onde o professor faz uma mediação/introdução para que ocorra o envolvimento dos educando no processo de criação e no processo da busca pelo conhecimento de forma participativa e envolvente, ou seja, é o despertar da curiosidade por determinado conhecimento teórico ou prático;
  • momento de encaminhamento onde ocorrem as discussões do texto e do contexto, as atividades, as práticas e o desenvolvimento do raciocínio;
  • momento de devolução que é onde o professor deve esclarecer seus educandos em relação as atividades, as discussões e as práticas desenvolvidas para que ambos tomem consciência de que, se os objetivos de ambos foram alcançados ou não.

OUTRAS OBSERVAÇÕES:
Nesta aula durante a discussão do ato de planejar um pensamento ficou me margeando sobre  a teoria do desenvolvimento real/proximal de Vigotsky e sobre assimilação/acomodação, equilíbrio/desequilíbrio de Piaget. Quando fiz a pedagogia estudei textos de Luckesi, Piaget e Vigotsky, então, estou revisitando estes textos e fiz o resumo sobre o texto do Luckesi, consegui fazer uma ligação entre eles que não tinha feito quando cursei a pedagogia. Pude perceber que o sentido de estudarmos sobre desenvolvimento e aprendizagem, bem como sobre planejamento é para aplicarmos na sala de aula para ajudar os nossos alunos e não ao contrário para prejudicá-los e excluí-los. Infelizmente o que vem ocorrendo na educação segundo o que lemos no texto de Júlio Gropa Aquino “Um incerto lugar da psicologia na educação” é o contrário. A psicologia tem sido usada para justificar o fracasso do aluno, porém, o fracasso do aluno também significa um fracasso do professor e de todos e tudo o que está envolvido no processo educacional. Estamos estudando e discutindo sobre a teoria da complexidade e penso que só é possível fazer a ligação e o uso correto entre os estudos e descobertas de Piaget, Vigotsky, Luckesi e outros educadores se realmente descartarmos o pensamento cartesiano e cada vez desenvolvermos a nossa multidimensionalidade de seres humanos.

(Esse descarte do cartesianismo é que permitiu a você revisitar os textos e estabelecer conexões entre eles...inseri-los na teia das relações.
Claro, pensamos tudo isso para a prática concreta falar desses assuntos na abstração agrega pouco.)

No dia 25/04/2011. Começamos a aula com alongamentos em seguida demos as mãos e fizemos um exercício de respiração para relaxar, após sentamos e fizemos uma escuta musical ativa.
Discutimos sobre o pensamento cartesiano e também sobre o pensamento complexo em seguida assistimos alguns trechos de uma entrevista de Edgar Morin expondo sobre alguns conceitos da teoria da complexidade.  

COMENTÁRIO PESSOAL REFLEXIVO:
A professora deu início à discussão sobre a teoria da complexidade.
Começa questionando sobre o que é o simples e depois de alguns minutos de discussão chegamos à conclusão que isso é uma ilusão, pois o simples não existe. O pensamento simplificador é resultado da inteligência cega e esta é reducionista e fragmentadora. Para fugirmos a este reducionismo e fragmentação precisamos desenvolver o autoconhecimento para entendermos os diversos eus existentes em nós, isto é, existem diversas ideias em nossas mentes que não são nossas, foram pensadas por outras pessoas a milhares de anos atrás. E, é ai que se não desenvolvermos o autoconhecimento não conseguimos desenvolver um pensar como seres complexos.
O pensamento simplificador vem do paradigma Cartesiano (Descartes séc.XVII) “Penso, logo existo”, este é o primeiro pensamento da racionalidade e é um pensamento disjuntor que parte em busca da micro para entender o macro. Entretanto, com a evolução da ciência estamos vendo a quebra desse paradigma cartesiano ocorrer. Penso que por causa da realidade em que os cientistas viviam em relação à história da ciência e o domínio religioso este pensamento foi uma válvula de escape para se conseguir uma evolução científica e também a quebra do paradigma religioso que aparentemente parece estar sendo quebrado. Atualmente estamos vendo a ciência se abrindo para o pensamento mais complexo, buscando compreender o ser humano e o planeta e o universo com o uma teia complexa, onde cada espécie interfere e interage com as outras, ou seja, estamos descobrindo que vivemos em uma realidade multidimensional, global e complexa. Portanto, não podemos nos fechar em nós mesmos, nos nossos problemas pessoais, ambientais, econômicos, sociais etc e esquecermos o mundo. Ao contrário temos que interagir com o mundo, pois os nossos problemas se refletem, interagem e afetam o mundo. Porém, para que isso ocorra a educação necessita dessa quebra de paradigma e precisa educar o ser humano que é um ser multidimensional, ou seja, precisamos desvelar o corpo que foi separado e esquecido anteriormente na educação, pois de acordo com o pensamento cartesiano e religioso tudo que se referia ao corpo era errado, porém, como afirma A. Damásio que corrige o erro de Descartes, “Sinto, logo existo”, partindo deste princípio não existe pensamento sem corpo, pois é no corpo que sentimos e pensamos.

(Perfeito Isaac! Juntamente com o corpo vem as outras dimensões negligenciadas no processo: emoção criatividade, relação humana...entre outras.)

OUTRAS OBSERVAÇÕES:
Na exposição de Edgar Morin durante o filme me interessou muito quando ele abordou sobre os operadores da complexidade que são eles: o primeiro deles é o dialógico e este operador permite juntar, entrelaçar, ou seja, com ele podemos aceitar que devemos obter uma equidade entre razão e emoção; o segundo é o operador recursivo e este nos aponta que a recursividade ocorre da seguinte forma: uma causa produz um efeito e este efeito produz a causa, ou seja, penso que é como um movimento cíclico, ou ainda segundo Albert Einstein ação e reação, porém com um retorno à ação, ex. homem e mulher geram uma criança que posteriormente gerará outra criança; e o terceiro operador que é chamado de holograma/hologramático este nos proporciona a ideia de totalidade, isto é, quando vemos a parte não dissociamos o todo da parte e nem a parte do todo.
Estes operadores me chamaram muito a atenção pois eles estão no nosso cotidiano o tempo todo, porém só conseguimos observa-los se nos despirmos do pensamento cartesiano e reducionista.

(Excelente percepção Isaac!)

Com retorno da professora.

Didática/ Competências humanas.


Cheguei atrasado na aula do dia 21/04/201.  Não participei do exercício corporal, porém participei da discussão. O início da aula com a professora Enny é sempre interessante porque trabalha com alguma atividade que engloba o corpo em sua totalidade e esta é uma prática complexa e muito útil para o desenvolvimento do trabalho porque tira toda tensão e stress que geralmente nos acompanham no cotidiano.

COMENTÁRIO PESSOAL REFLEXIVO:
Discutimos sobre as competências humanas e nessa discussão a professora citou Jacques Delors (1999), que em relatório da Unesco defende a ideia de que educar é desenvolver quatro competências básicas no ser humano:
Competência pessoal: aprender a ser;
Competência produtiva: aprender a fazer;
Competência cognitiva: aprender a conhecer.
(E aprender a viver juntos)
Ou seja, pelo que podemos ver ao desenvolver essas competências nos seres humanos a educação deixa de ser o que Paulo Freire chama de educação bancária na qual apenas passamos e repassamos informações e conteúdos para produzir determinados comportamentos e saca-los depois.
Com essas competências sendo desenvolvidas o que esperamos ocorrer, é que os seres humanos se apoiem e realizem suas próprias análises, para tomarem suas decisões que considerarem corretas, desenvolvendo assim as consciências críticas e as capacidades de intervenções sobre o cotidiano e sua realidade. Portanto, quando nós os seres humanos aprendemos a ser, fazer e conhecer entramos em um processo em que reconhecemos a importância das vivências e experiências dos outros, dando assim voz ao outro, além de removermos os empecilhos que balizam o desenvolvimento da vida em sociedade.  O desenvolvimento dessas competências reflete em uma melhora de vida das comunidades e dos indivíduos, como também do planeta, pois garante uma participação política mais ativa, justa e sustentável.

OUTRAS OBSERVAÇÕES:
Escrevendo sobre o desenvolvimento das competências do aprender a ser, fazer e conhecer, recordei-me de quando era adolescente e comecei estudar música na igreja com o regente Rubens Baragatti, foi muito gratificante e prazeroso aprender a ler a partitura e a teoria com ele, pois, me lembro de quando descobri o porquê dos sustenidos e bemóis enquanto formava as escalas maiores pelo esquema de (T,T,ST,T,T,T,ST), primeiro e segundo tetracorde e mais tarde vim entender que era o ciclo das quintas e quartas, porém no momento  de “eureca”, ou seja, da descoberta sobre este conhecimento foi um momento de muita alegria. Passado alguns meses também, ele me convidou para dar aula também, então foi uma experiência muitíssimo prazerosa poder compartilhar o que já tinha conseguido aprender e ajudar meus amigos a tocarem melhor.

(Esses insights são preciosos é para proporcioná-los a nossos alunos que devemos lutar...)

Com o retorno da professora.

Teoria da Complexidade.


A aula do dia 18/04/2011 teve início com exercícios de respiração, alongamento e escuta musical com performance individual, depois em duplas fazendo movimento espelhado e em seguida com um diálogo gestual também em dupla. Após essas atividades a professora apresentou-nos um texto sobre a Teoria da Complexidade.

O exercício de respiração, alongamento e escuta musical foi tranquilo até o momento do espelho. Quando chegou o momento do diálogo gestual, senti um pouco de dificuldade no início, me senti perdido, porém com o desenvolvimento da atividade fui me encontrando e gostei muito de fazer esta atividade, pois o diálogo é fundamental para nos entendermos e evoluirmos.
Outro ponto que foi interessante nesta aula é que estamos vivendo a mudança de paradigma mecanicista que é fragmentador e segregacionista para o paradigma ecológico que busca desenvolver a multidimensionalidade, a complexidade e a integração dos seres vivos, ou seja, neste paradigma o bem estar, o prazer, o corpo podem fazer parte da evolução humana em busca do conhecimento. As aulas podem e devem ser dinâmicas e prazerosas.

OUTRAS OBSERVAÇÕES:
Lembro que em diversos momentos os alunos adolescentes do Guri me observavam e quando pedia um retorno deles em conversas sempre davam um retorno positivo, pois todas as aulas eram sempre preparadas e registradas em um caderno. E sempre tive a preocupação de deixar a aula dinâmica e prazerosa por meio de jogos, dinâmicas de grupo etc. Porque assim aprendemos com mais facilidade e sempre gostei e busquei me influenciar por estes professores que agem desta forma com aulas dinâmicas e prazerosas.

Didática/ O que é fazer política em sala de aula?


A aula do dia 11/04/2011 começamos com alguns exercícios de alongamento e relaxamento com música e em seguida discussão entre professora e alunos sobre as seguintes perguntas: Como o educador leva a política para a sala de aula? O que é fazer política na sala de aula.

Em resposta as questões foram levantadas três formas de agir na sala de aula, que não deixa de ser a política levada para a sala de aula ou feita na mesma. A primeira é que o professor pode agir com autoridade pedagógica, pois possui o conhecimento mais elaborado sobre a prática social e a transmite para que os educandos se desenvolvam de forma sensitiva, cognitiva, cultural e social. Segunda forma de agir politicamente é com autoritarismo e se articular com o disciplinamento moral e tem compromisso com o poder dominante. A terceira forma de agir em sala de aula que discutimos é a licenciosidade e essa forma política de agir é baseada no abuso da liberdade, na indisciplina, na indecência e na alienação política, pois esta não permite que os alunos se apropriem dos bens culturais e do conhecimento desenvolvido pelas classes dominantes para que eles se elevem de forma cultural, social, sensitiva e cognitiva transformando suas vidas no meio em que vivem.

OUTRAS OBSERVAÇÕES:
Nesta aula o Teco deu o exemplo de um coral no Carandiru, no qual ele sem saber provocou uma transformação cultural entre dois participantes, pois um era estremamente violento e o outro totalmente desrespeitado pelos internos. Porém, musicalmente o violento éra desafinado e o outro afinado e o Teco colocou um do lado do outro e o “fracote” passou a liderar o outro musicalmente. No final ambos evoluíram porque um passou a cantar melhor e o outro passou a ser respeitado pelos outros presidiários e o violento melhorou também seu comportamento na prisão.
Com esse relato pude perceber o que discutimos durante a aula, quando há autoridade pedagógica, respeito, seriedade e compromisso político com o ser humano o professor se torna um grande mediador em diversos aspectos, pois somos seres multidimensionais.