terça-feira, 28 de junho de 2011

Didática/ Como nasce um paradigma.

Como estamos falando e discutindo muito sobre a mudança de paradigma, estou postando este vídeo para ajudar na compreensão do que é, e como nasce um paradigma. É bem bacana e ilustração do vídeo.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Psicologia da educação/A Psicologia e o Mestre.


A ciência ainda não chegou aos dados e descobertas que nos permitam encontrar as chaves para a psicologia do mestre, porém para olharmos o processo educacional de forma mais abrangente devemos observar de um ângulo psicológico todos os aspectos importantes para o seu desenvolvimento e, é necessário levar em canta também a psicologia do trabalho do mestre para mostrar a que leis ele está sujeito. Isto é, cada concepção pedagógica se relaciona a uma concepção específica da natureza do trabalho do mestre. O professor que antigamente era o transmissor de conteúdos e que sabia "tudo", atualmente esta sendo cada vez mais deixado de lado e substituído de todas as maneiras pela energia ativa do aluno, que  procura por conta própria obter conhecimentos, e mesmo quando os recebe do mestre procura transforma-los, ou seja, o aluno se educa. O que importa neste momento educacional não é a quantidade de conteúdos e sim educar a habilidade para aprender e adquirir o conhecimento para sua utilização. Portanto, recai sobre o professor um novo papel que é o de ser o organizador do meio social e este é o único fator educativo. Então o docente não pode se tornar deplorável exercendo o papel de apostolo da verdade, mas sim ser um sujeito dinâmico e vivo que socialize e aprenda em conjunto com os alunos o que a humanidade já produziu de cultura e conhecimento. O professor deve ter em mente que o magistério não é para qualquer um e para ser um bom professor precisa ter clareza e precisão para que possa assim orientar o próprio conhecimento e o dos alunos. Os alunos sempre foram carregados pelos professores e isso incutia no mestre a ideia de que deviam sempre estar inspirados, porém essa inspiração não é problema para o professor. O problema é que nem sempre os alunos ficam inspirados pelos mesmos motivos que o professor e a tarefa do professor é que o aluno se entusiasme por seu próprio interesse, curiosidade e necessidade educacional. Porém, do  professor é exigido que tenha o conhecimento preciso nas leis da educação, pois seu trabalho deve ser construído com base no conhecimento educacional e científico. Portanto, podemos ver que a primeira exigência feita a um professor é para que ele seja um profissional cientificamente instruído e além de ser cientificamente instruído, deve ser um professor de verdade, pois atualmente cobra-se do professor um alto grau de conhecimento sobre a sua prática profissional porque a pedagogia se tornou uma verdadeira arte complexa e com base científica. Outro ponto a se levar em consideração é a relação entre professor e aluno, pois na escala social das relações humanas essa relação pode atingir muita intensidade, transparência e elevação desde que o professor consiga viver na comunidade escolar como parte inalienável dela. Porém para que isso ocorra o professor deve ser criativo e dinâmico, pois somente assim poderá criar em pedagogia e buscar a junção de seu trabalho com o trabalho do cientista, do político, do economista, do sociólogo e também do artista.

Psicologia da educação/Vigotsky e a Arte.


A arte deriva daquilo que no ser humano é superior a vida, ou seja, a arte transcende a vida e não é uma mera contemplação da vida como muitos pensam. Por conter em si a atividade da estética ela exerce uma função de catarse, isto é, liberta o espírito humano das paixões que o atormenta. Toda arte traz em si a contradição, a repulsão interior, a superação e a vitória, pois estes são os constituintes obrigatórios do ato estético que permitem a dialogicidade. Ou seja, Parafraseando a ópera, precisamos contemplar o feio em toda sua intensidade para depois colocar-se acima dele no riso. é necessário vivenciar com o herói da tragédia todo o desespero da morte para após com o coro elevar-se sobre a tragédia e a morte. A complexidade da arte se dá em uma luta interna que se conclui por meio da catarse, ou seja, a catarse que de acordo com o psicólogo Carl Gustav Jung é como uma confissão, isto é, prática que ocorria antigamente em rituais de iniciação. E esta prática deve propiciar à pessoa derribar suas defesas internas no momento em que compartilha com alguém o que está embaraçando seu self. Deste modo, ao materializar esta estrutura catártica, a pessoa entra em uma nova fase de maturação. Essa catarse ocorre porque a arte permite essa emoção dialética que reconstrói o comportamento e ela é uma luta que se processa internamente em cada indivíduo dialogando consigo mesmo e com a arte.

Quais os objetivos da educação estética?

Um dos objetivos da educação estética é além de desenvolver determinadas habilidades técnicas da arte é também educar nas crianças o juízo estético e as habilidades para perceberem e vivenciarem as obras de arte. Em termos educativos o desenho infantil sempre é um fato alentador, mesmo quando estéticamente parece feio. Por meio do desenho a criança aprende a dominar, superar e vencer o sistema de suas vivências, ou seja, ensina a criança a ascender à sua psique. Quando a criança desenha um animal, objeto etc, ela se supera e ascende da vivência imediata para a psicológica. Portanto se desejamos uma educação estética não devemos corrigir as composições infantis porque essa correção deformaria os motivos interiores que levaram a criança a produzir o desenho. O desenho e a escrita que a criança produz nessa fase infantil deve partir de sua necessidade psicológica de se expressar e não de nossa necessidade de que ela se torne um pintor, um escritor, etc. O contato com a técnica de cada arte torna-se uma condição indispensável na formação da criança e toda formação pedagógica que se preza deve proporcionar pelo menos o mínimo conhecimento técnico da estrutura das obras de arte. Estas técnicas devem integrar forçosamente o sistema de educação geral das crianças, porém não de forma profissionalizante, pois a busca pelo  profissionalismo da arte na escola  tem em si muito mais perigos do que benefícios para o fazer pedagógico. Podemos ver pelo que ocorreu na Europa e na Rússia, as experiências do ensino musical para as crianças não foram nada alentadoras porque se tornaram regra para a classe média abastada. Entretanto, o enfoque foi no piano e o resultado que se conseguiu é ínfimo em relação aos anos de trabalho que se gasta para o domínio do instrumento. Com esse fato podemos perceber que nada foi acrescentado a arte musical e muito menos a educação musical, pois essa visa o desenvolvimento da compreensão, da percepção e do vivenciamento da música, entretanto, é de se admirar, pois nunca e em parte alguma ambas estiveram em um nível tão baixo quanto nesse meio em que o aprendizado do piano tornou-se regra obrigatória do bom tom.
           

Portanto, nesse sentido que o ensino profissionalizante da técnica de cada arte pode ser prejudicial quando enfocado na formação geral escolar e por isso deve ser introduzido na educação com certos limites, reduzido ao mínimo e, principalmente, atrelado a duas outras linhas de educação estética que são: a própria criação da criança e a cultura de suas percepções artísticas. A técnica só será útil se for além dela mesma e proporcionar um aprendizado criador, ou seja, um aprendizado que permite criar, recriar e perceber o que já foi criado pelos outros. Assim sendo, podemos ver que a educação musical ou arte musical somente pode surtir efeito tiver como enfoque geral e comum o que a educação social e a educação estética  têm entre si. Ou seja,  finalidades gerais que visam estabelecer o contato entre o psiquismo da criança com as esferas mais amplas da experiência social já acumulada para que ela amplie suas experiências que são pessoais e limitadas. Os seres humanos já produziram uma quantidade muito vasta de obras de arte que quando o fazemos parece que não faz a mínima diferença em relação a grande quantidade e qualidade já produzida. Por isso que, quando falamos de educação estética no sistema de educação geral,  devemos ter em mente essa incorporação da criança na experiência estética produzida pela sociedade humana. Essa introdução da criança de forma integral na arte monumental, faz com que ela se envolva e desenvolva o psiquismo nesse trabalho geral e universal que a sociedade humana desenvolveu ao longo dos milênios, deixando o seu psiquismo sublimando na arte. É aqui que reside a contato para a tarefa mais importante da educação estética que é introduzir a educação estética na própria vida. Isto é, a arte transforma a realidade nas fantasias e também na realidade, ou seja, a casa e o vestuário, a conversa e a leitura, e a maneira de andar, tudo isso pode servir para a elaboração e reelaboração estética. Portanto, a elaboração artística precisa penetrar cada movimento, palavra, sorriso e ação da criança se constituindo como a tarefa mais importante da educação estética promovendo a elaboração criadora da realidade, dos próprios movimentos e ações que iluminam e promovem as vivências cotidianas da criança de forma criativa.


IN VIGOTSKI, L.S.. PSICOLOGIA PEDAGÓGICA, SP, Martins Fontes, 2004.

Música e expressão pelo movimento/Danças Circulares

A aula do dia 13/06 foi muito boa, exceto por um momento que ocorreu na sala de aula por parte  de uma aluna. Senti naquele momento muita  hipocrisia, e é isso que atrapalha em muitos momentos uma interação maior entre os grupos na sala de aula, também atrapalha a evolução dos seres humanos. Como somos complexos! "Na boa", fiquei muito mal no momento e querendo revanche, mas, não é isso que vou fazer, pois não é o que quero para minha vida. Quero paz, alegria, amor, amizade, carinho e tudo o mais de bom que a vida nos oferece. Quem quiser ser amargo, arrogante que seja, mas, me deixe em paz.

"Não sou nada, não quero ser nada. A parte isso tenho em mim todos os sonhos do universo." (Fernando Pessoa). Quem quiser sonhar comigo, seja bem vindo ao sonho de paz, de amor, de alegria e humildade, pois, "Só sei que nada sei" (Sócrates).

Começamos com uma dança medieval, depois fizemos O Monograma de Cristo que é uma dança circular muito gostosa. A dança medieval a princípio,  tive dificuldade, mas, depois consegui dançar. Eram dois passos para trás  começando com a perna direita e quando a esquerda ficava atrás, ameaçava voltar com direita e esquerda (vou não vou) uma vez. Em seguida ia para frente com a esquerda e a direita em seguida ia um passo para a direita e em seguida a perna esquerda também. É uma dança que fazemos de mãos dadas em circulo também, uma delícia. Adorei dançar as duas danças circulares!

Após a aula eu e o Thiago ficamos conversando sobre a aula e sobre como aplicar essas atividades no nosso cotidiano. Como já disse uma vez para a professora, gostaria de ter tido essas aulas há alguns anos atrás, ou seja, precisamente quando trabalhei com o Projeto Guri porque muitos movimentos que fiz foi de forma intuitiva ou lendo em livros, mas não tive este contato com os textos de Laban.
Essas atividades podem ser utilizadas na prática musical, pois, de acordo com o que já trabalhamos com a Enny sobre o Gelewsky, esses diversos movimentos servem para desenvolver a atividade de escuta ativa, pois com eles podemos representar as diversas partes e sonoridade que aparecem na música instrumental de boa qualidade.

Como descobri que estamos no "bladobladobladoyutubiu" kkkk! Resolvi postar um dos nossos vídeos em que fazemos uma dança circular.


Essa dança foi muito gostosa de dançar e para mim tem um significado muito profundo! Maravilhoso, momento Divino!


segunda-feira, 20 de junho de 2011

Psicologia da Educação/Paradoxo Nativo.


De acordo com Vladimir Safatle os nossos problemas educacionais são básicos, ou seja, o que ocorre com o nosso sistema educacional é que os professores estão desmotivados porque a profissão não é atrativa financeiramente e nem profissionalmente. Então muitos professores que estão na docência ficaram desqualificados, pois com o salário que recebem muitos trabalham em dois ou três turnos para poder ter um salário mais ou menos digno, entretanto com essa sobre carga de trabalho não sobra tempo para que se atualizem e se qualifiquem profissionalmente. Um outro fator que atrapalha a educação no Brasil é que não temos um controle de qualidade, como uma inspetoria geral que cobre, fiscalize e até aplique multa aos governos municipais, estaduais e federal quando não cumprir as metas educacionais estipuladas. Ainda aponta que a educação precisaria ter um sistema unificado de controle de qualidade e também um currículo mínimo nacional obrigatório, além de escolas em tempo integral. Portanto de acordo com o autor do texto paradoxo nativo essas ações pedem uma combinação de políticas de longo prazo com investimentos maciço de dinheiro e perseverança na educação.

Psicologia da Educação/Como vai a educação Brasileira?

 No texto de Otaviano Helene, podemos verificar que a situação da educação brasileira é no mínimo caótica porque de acordo com uma pesquisa citada por ele, pesquisa essa que foi feita em 65 paises, revelou que o Brasil ocupa o 53º lugar em compreensão da leitura e ciências. E o que é pior não vemos nada apontar para o início de um processo de mudança em direção a inclusão dos menos favorecidos da população brasileira na educação, pois aproximadamente 20% dos alunos com 15 anos estão fora da escola. Outro fator que o autor nos chama a atenção é que a concentração de renda e muito desigual, bem como a desigualdade social e isso atinge profundamente o sistema educacional.  Ainda aponta que não haverá saída para a educação se os professores não forem motivados, ou seja, os professores precisam de ótimos salários e ótimas condições de trabalho e plano de carreira e ainda a escola precisa ser desenvolvida em período integral. Entretanto fica muito difícil atingir essas metas, pois falta compromisso público dos poderes legislativo e executivo dos governos.

Psicologia da educação/Texto Aprender de Luiz Fuganti

Segundo o autor aprender não é operação simples, mas, um processo complexo. Nosso sistema  educacional  visa a despotencialização do ser humano complexo, pois esta compactuado com as classes dominantes e por isso visão somente formar o sujeito moralmente responsável, por meio da inoculação, ou seja, pela introdução, transmissão de um desgosto pelo conhecimento para que o sujeito fique preso as normas e se forme apenas moralmente, Ele ainda afirma que é preciso problematizar a noção de experimentação e dar a ela um sentido mais nobre, ou seja, produzir diferença real no modo de existir por meio de um encontro intenso de desejo do saber criando memória de futuro como forma de continuidade e relançamento  do desejo e do pensamento transmutado. O processo de aprendizagem ocorre por meio da extração de nossas vivências e do modo como as resignificamos no cotidiano formando e transformando hábitos antigos. Este processo é recursivo, pois a ação gera a reação que volta a ação, ação esta  que é como combustível e intensificador da diferença que se quer diferenciar ou tomar distância de si mesma. Portanto, experimentar no processo de aprendizagem é modificar-se ao máximo e o meio social é condição “sine que non” para a experiência real.

Psicologia da educação/Introdução ao estudo da teoria de Vigotsky - Avaliação.

Nesta aula do dia 24/04/2011, discutimos sobre a diferença de analise crítica e comparação, também foi abordado o tema do que é a avaliação e começamos a ler e discutir sobre a pesquisa de Lev Vigotsky sobre a formação de conceitos.
Pesquisar: O que é conceito?

COMENTÁRIO PESSOAL REFLEXIVO:
Segundo a professora nós temos uma possibilidade de fazer uma mudança na educação. Essa possibilidade é uma mudança na forma de avaliação porque ela sempre foi usada para disciplinar, excluir, ou barrar os alunos no ensino tradicional. Porém se mudarmos o nosso enfoque na avaliação, ou seja, vê-la como um processo de mão dupla então,...o resultado de um processo de avaliação nunca revela o sucesso ou o fracasso apenas do aluno, mas também, e às vezes principalmente, o sucesso ou fracasso do professor, ou mais especificamente, de seu planejamento, da exequibilidade de suas metas. (Machado, 1995: 275). Portanto, para mudarmos o nosso enfoque na avaliação temos que mudar toda a nossa prática e planejamento para que este atenda as necessidades dos educandos.

Psicologia da educação/Breve análise critica de Piaget e uma obra de Escher.



A aula do dia 18/04/2011, começou com a professora nos propondo observar uma obra de Maurits Cornelis Escher que era uma foto da obra Relatividade e em seguida estabelecer uma breve analise crítica da teoria de Jean Piaget.

Fizemos o trabalho, mas não prestamos atenção ao enunciado, então, não ficou bom.

Um dos prazeres do artista era confundir o espectador, criar linhas e padrões ilsórios. Gostava de misturar dimensões, ignorar a gravidade. Não raro, suas correntezas seguiam rio acima, ou suas escadas perdiam o fim nas alturas. Suas paisagens conduzem o olhar do espectador para um movimento cíclico que nem sempre faz sentido. “É preciso haver certo grau de mistério, mas que não seja imediatamente aparente”, disse em 1963. “Eu não consigo deixar de brincar com as nossas certezas estabelecidas. Tenho grande prazer, por exemplo, em confundir deliberadamente  a segunda e a terceira dimensões, plana e espacial, e ignorar a gravidade”, dizia o artista.(Carta na Escola de fevereiro).

A partir da imagem de M. C. Escher e do texto acima, faço a seguinte analise de que a teoria de Piaget em relação ao que Escher fala em alguns momentos é antagônica, muito fechada, concreta, e sem mistério. Porque era uma visão científica embasada na cultura iluminista e cartesiana e visava desvendar como se processa desenvolvimento da inteligência humana. Entretanto, se observarmos quando Piaget aborda a assimilação/acomodação, o equilíbrio/desequilíbrio, ou seja, como o ser humano aprende, podemos ver uma semelhança com o pensamento de Escher. A aprendizagem é um movimento cíclico que nem sempre faz sentido, além de em muitos momentos tomar rumos incertos que fogem de nossas certezas. Pois ela ocorre na mente de quem aprende e nós os educadores e os pesquisadores não podemos impor nossas certezas.

Psicologia da educação/Paulo Freire - As três correntes de pensamento sobre o desenvolvimento da inteligência .


O início da aula do dia11/04/2011, foi comentando sobre um dos grandes educadores brasileiro que é Paulo Freire, escrevo que é porque apesar de já ter falecido, continua vivo entre nós por meio de suas idéias e livros escritos por ele. Também foi abordado nesta aula as três correntes de pensamento sobre o desenvolvimento da inteligência humana, que são eles: Associacionismo Empirista; Inatismo e Maturação Interna; e a Construtivista.

Pergunta da aula O que é Cognitivistas?

Durante a aula discutimos que a violência esta muito presente na sala de aula e na escola, pois o que deveria ocorrer e acontecer não esta ocorrendo que é o desenvolvimento do conhecimento por meio da arte e ciência. Como a arte e a ciência estão ficando de fora da aula por diversos motivos a violência esta acontecendo.

Psicologia da educação/Jean Piaget e sensações na sala de aula.


A aula do dia 04/04/2011, começou com a apresentação da teoria da Epistemologia Genética de Jean Piaget. Lemos e dialogamos sobre o período sensório-motor da criança que começa do 0 aos 2 anos; período pré-operatório que vai dos 2 aos 7 e período lógico concreto que é dos 7 aos 12 anos.

Em sala parece que o pessoal não gostou muito de Piaget, pois já tínhamos discutido um texto do Julio Gropa de Aquino no qual ele faz uma abordagem em que devemos despsicologizar  a educação, porém, o que o Gropa desvela é que a psicologia esta sendo usada na educação há muito tempo, mas, apenas para discriminar e afastar as crianças ou educandos do processo educacional que tenham dificuldades ou fujam do padrão escolar. Parece que meus amigos não se identificaram muito com Piaget, mas, me identifico muito com seus textos, pois, li vários no curso de pedagogia e percebo que sua teoria é muito importante para que tenhamos uma noção das etapas de desenvolvimento infantil. Também penso que um novo olhar científico deveria ser lançado em relação a suas pesquisas principalmente tendo em mente a nossa realidade, pois, hoje a tecnologia avançou muito e isso provavelmente interfere na vida das crianças. Muito do que Piaget definiu nas etapas ainda podemos visualizar hoje, porém, podemos perceber algumas diferenças e evolução nas crianças que em sua época não ocorriam mesmo nas crianças dos paises menos desenvolvidos que é o caso do Brasil.

Psicologia da educação/Paradoxo Nativo e Como vai a educação brasileira?


Na aula deste dia, 28/03/2011 Discutimos os dois arquivos de imprensa Paradoxo Nativo de Vladimir Safatle  e Como vai a educação brasileira de Otaviano Helene e Lighia B.Horodynsky-Matsushigue. No texto Paradoxo nativo, segundo Safatle os problemas educacionais do Brasil são básicos e precisam de políticas de longo prazo e investimentos maciços, em outras palavras perseverança e dinheiro, Além disso, precisa de um corpo docente altamente qualificado e motivado, ou seja, precisa tornar a profissão de professor atrativa e com salários equivalentes aos demais profissionais que possuem a formação superior. Ao mesmo tempo carece de um sistema unificado de controle da qualidade do ensino, isto é, uma inspetoria geral que avalie aulas, material didático e cobre, assim como aponte os resultados avaliados e ainda necessita de um Currículo mínimo nacional obrigatório e também da implantação de escolas em tempo integral. O texto de  Otaviano Helene e Lighia B. Horodynsky-Matsushigue, Como vai a educação brasileira aponta uma pesquisa que foi realizada em 65 países e revelou que o Brasil ocupa o 53º lugar em compreensão da leitura e Ciências. Esta pesquisa mostra a ausência de um processo que promova a inclusão das camadas desfavorecidas da população no processo educativo e que cerca de 20% dos brasileiros com 15 anos estão fora da escola. Além disso, indica que a concentração de renda em conjunto com a desigualdade social gera um sistema educacional profundamente desigual. Ainda aponta que a educação ficará sem saída enquanto os professores estiverem desmotivados com os baixos salários e sem as condições dignas condições de trabalho e afirma ainda que a escola deve ser em tempo integral e que esses problemas educacionais são resultantes da falta de compromisso público do legislativo e executivo dos governos.

Como podemos ver os dois textos apesar de serem de autores diferentes convergem para denominadores comuns, ou seja, uma política educacional estruturada, um currículo mínimo aplicado, valorização dos professores com salários dignos e a escola em tempo integral. Somente com a mudança real nesses pontos abordados acima, e, não com esta farsa  fictícia, marqueteira e mentirosa que ocorre nos anos eleitorais, a educação poderá ser uma ferramenta de inclusão das camadas mais desfavorecidas, promovendo um acesso melhor e maior aos conhecimentos produzidos pela humanidade. Porém, tendo em vista, o operador recursivo que segundo E. Morim é um dos operadores da complexidade, vejo um circulo vicioso, que aponta poucas possibilidades de transformação na educação brasileira em relação aos pontos já abordados, pois, a maioria da população desfavorecida, sem estudo e que sofre com a desigualdade social elege os políticos, políticos esses que, com uma simples assinatura mudam a cada governo a política educacional de acordo com os interesses pessoais e isso acaba gerando mais desigualdade e exclusão cultural da população que tornará a eleger os mesmos políticos ou outros indicados pelos mesmos. Agora, aproveitando todo este lastro religioso em que fui imerso: como pode “um povo que não sabe discernir entre a mão direita e esquerda” (profeta Jonas - Bíblia), saber eleger seus representantes no governo? Penso ser uma tarefa quase impossível, pois, ainda de acordo com uma das citações de (Jesus Cristo - Bíblia) e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará, portanto, volto ao operador recursivo da teoria da complexidade que um povo sem educação e cultura não sabe eleger seus representantes. Sendo assim, estes falsos representantes políticos que são eleitos pelo povo, alimentam-se deste ciclo vicioso no poder dos governos sejam municipais, estaduais ou federais.

Professores - Pós-graduação em Educação musical na Faculdade Integral Cantareira.

MÓDULO I
MP1 - Psicologia da Educação
Profª MS. Ruth Ladeira [+]

PM1 - Didática
Profª Dra. Enny Parejo [+]

PM2 - Arranjo para Coro infantil
Profº Julio Cesar de Figueiredo [+]

PM3 - Música e expressão pelo movimento
Profª MS. Melina Sanchez [+]


Psicologia da educação


No dia 21/03/2011, a professora Ruth Ladeira deu início a aula com a nossa apresentação para nos socializarmos e solicitou a resposta de três perguntas no momento que nos apresentávamos. Qual a formação? Onde trabalha? O que pensa que vai estudar em psicologia da educação? Tivemos diversas respostas pessoais.
A professora levantou a seguinte questão: Quais mecanismos são disparados na “mente” do ser humano para que ele aprenda? Também questionou que no Brasil, mesmo com todas as supostas mudanças na educação, continuamos obtendo os mesmos resultados do passado, pois, no primeiro grau de cada dez alunos que passam para o ensino médio, apenas dois saem lendo e escrevendo. Portanto, o Brasil ocupa com a educação brasileira o 68º lugar entre os cem paises que participaram da pesquisa.
Outro assunto abordado nesta aula foi o que deveríamos estudar nas aulas de psicologia da educação. A professora disse já ter algo definido, porém, aceita propostas e segundo ela, Piaget, Vigotsky e Brunesch são teóricos que nós devemos ter no mínimo um pequeno contato, pois, são os grandes teóricos da educação.

Nesta aula foi muito interessante a discussão sobre como anda nosso sistema educacional porque levantamos diversas hipóteses e serviu par conscientizar que a educação brasileira precisa melhorar muito e que nós mesmo sendo um pequeno grão de areia na praia podemos fazer diferença se tivermos respeito, compromisso, seriedade e honestidade conosco e com os educandos, além de nos politizarmos cada vez mais, não na política partidária, mas na política do que é ser humano.
Já em relação ao que vamos estudar, achei muito admirável a atitude da professora, pois evidencia o compromisso dela com a quebra do paradigma vigente porque abre espaço para a nossa voz como educandos pensantes, críticos e participativos na sala de aula e na sociedade.

Espero que estas aulas sejam muito prazerosas e proveitosas para o nosso crescimento como seres humanos e como educadores, pois esse primeiro contato que tivemos foi prazeroso e proveitoso.

Música e expressão pelo movimento/ Evangelho apócrifo e Dança.


Como sou curioso, resolvi pesquisar os evangelhos apócrifos e em um deles o evangelho gnóstico de João, achei essa oração, que pode ser a que Jesus fez com os discípulos antes de ir para a crucificação. Coloquei ela aqui porque achei que muito interessante o que fala sobre a dança.




EVANGELHO GNÓSTICO DE JOÃO


"Antes que eu seja entregues a eles, cantaremos um hino ao Pai e, em seguida, iremos ao encontro daquilo que nos espera
Ele pediu que nos déssemos as mãos em roda e colocando-se no meio, disse:"Respondei-me Amém."
Começou , então a cantar um hino que dizia: "Gloria ao Pai". E nós ao redor lhe respondíamos:"Amém".
"Glória á Graça; glória ao Espírito; glória ao Santo; glória a sua glória." - Amém.
"Nós o louvamos, ó Pai; nós lhe damos graças, ó Luz em que não habita as trevas." - Amém.
"Agora direi porque damos graças:"
"Devo ser salvo e salvarei." - Amém.
"Devo ser liberto e libertarei."-Amém.
"Devo ser gerado e gerarei."-Amém.
"Devo ouvir e serei ouvido."-Amém.
"Devo ser lembrado e sempre lembrarei."-Amém.
"Devo ser lavado e lavarei."-Amém.
"A Graça dança em conjunto, eu devo tocar a flauta, dançai todos."-Amém.
"O reino dos anjos cantam louvores conosco."-Amém
"Ao universo pertence àquele que participa da dança."-Amém.
"Quem participa da dança, não sabe o que vai acontecer."-Amém.
"Devo ir mas vou ficar."-Amém.
"Devo honrar e devo ser honrado."-Amém.
"Não tenho morada mas estou em todas os lugares."-Amém.
"Não tenho templo mas estou em todos os templos."-Amém.
"Sou um espelho para aquele que me contempla."-Amém.
"Sou uma porta para aquele que bate."Amém.
"Sou um caminho para ti que passa."Amém.
"Se seguires minha dança, compreendes o que falo, guarda silêncio sobre meus mistérios."
"Tu, que participa da dança, compreende o que faço, pois a ti pertence esse sofrimento.!
"Tu não poderia de maneira alguma compreender o que sofre, se Eu não tivesse sido enviado como Logos do Pai."

Música e expressão pelo movimento/ Corporificação da música.



Hoje dia, 08 de junho estava ajudando minha irmã que esta fazendo o curso de música na ETEC de artes e pude visualizar alguns aspectos do movimento corporal enquanto ela cantava. Dei algumas dicas e fizemos algumas atividades juntos e ela sentiu diferença na forma de cantar e interpretar as músicas.
Enquanto conversávamos a respeito de música e movimento corporal, me lembrei das aulas de regência com o maestro Sergio Igor Chnee e de como o corpo, postura e gestual influenciam na música que tocamos. Pois, partindo da fala de Valdir Montanari (1988) em que afirma que a dança é a corporificação da música, me lembrei que quando tocava na banda da igreja tínhamos um regente o maestro Rubens Baragathi que fazia esta corporificação da música, pois, mesmo que não éramos músicos profissionais, mas, por causa dessa corporificação que ele fazia e sentia na música nós tocávamos muito melhor e toda a igreja visualizava a musicalidade do grupo e melhor ainda, sentia a música e era tocada por ela.

Música e expressão pelo movimento/Relato de minha prática musical.


11/04/2011

Relato de minha prática musical solicitado na  aula do dia 11/04/2011. Minha prática musical começa exercícios de aquecimento corporal, respiração. Depois faço abelhinha que é a vibração dos lábios com bocal e sem o bocal, faço alguns exercícios de flexibilidade, alguns exercícios técnicos com escalas e outros. Após esses exercícios toco diversas músicas do repertório popular.

Na maioria das vezes toco em pé e hoje durante a prática com o trompete me senti cansado, meio tenso durante alguns momentos em que estava tocando as músicas. Porém, fiz mais alguns exercícios de alongamento e me senti melhor.
Também percebi que em alguns momentos quando solto o meu corpo e começo a dançar com a música, sinto que o instrumento passa a fazer parte do meu corpo e fica muito mais fácil e divertido tocar.
Quando toco em casa tento sentir minha respiração, se estou inspirando e expirando direito sem tensões. Porém, no dia 26/04, depois de fazer a aula na qual trabalhamos a forma correta de sentar e levantar, percebi que neste dia ao tocar sentado, toquei muito mais relaxado e realmente sentei em uma postura correta e relaxada, o que fez a minha prática render muito mais e ser muito mais prazerosa.

Didática/ Resposta de como colocar a complexidade em prática na sala de aula.


Neste dia 13/06/2011 a aula foi iniciada pela professora com uma proposta de introdução à Yoga na prática dentro de uma sala de aula com mesas e cadeiras. Após um bom período de diversos exercícios paramos para fazer a discussão dessa aula prática.

COMENTÁRIO PESSOAL REFLEXIVO:

É muito interessante ver o planejamento, a didática, a intervenção, o encaminhamento, a devolutiva tudo junto e misturado e em ação em nossas aulas de pós-graduação. Vejo flexibilidade na prática dos professores aqui do curso,  o que permite uma maior atenção aos educandos do curso. Estou começando o comentário reflexivo com esta frase porque essa última aula que tivemos aconteceu por causa da seguinte pergunta: Como se coloca em prática a complexidade? Quando o Tiago Horácio fez esta pergunta a professora imediatamente comentou e respondeu na aula o como se faz, porém na aula seguinte que é essa que estou relatando ela fez uma aula com muita prática para nos proporcionar uma maior vivência de como a complexidade pode fazer diferença nas aulas de música.

OUTRAS OBSERVAÇÕES:
Ao final das atividades nós estávamos alegres, contentes, pois nessa aula desenvolvemos e sentimos na prática o que são as quatro consciências que devemos trabalhar com os nossos alunos e também despertar em nós. Durante a atividade nos descobrimos como indivíduos (consciência de si) inserido no todo (consciência do todo) que as vezes era um indivíduo, uma dupla, trio, quarteto, uma roda inserida em outra ou uma grande roda. E durante esse processo descobrimos como é bom tocar e ser tocado (consciência do outro), como é bom se equilibrar e depender do outro, ou o inverso também, pois foi uma atividade onde ambos ou todos se equilibravam e tinham que confiar na amizade e cuidado de quem o estava segurando. Nas atividade que se seguiram pude perceber momentos de integração, pois todos estavam participando, querendo ou não e foi possível observar pessoas que realmente se entregaram à atividade e ao grupo e outras que em alguns momentos “atrapalhavam” o movimento por estarem fechadas. Porém, como estamos falando e estudando sobre complexidade temos que entender que cada ser humano é um indivíduo único e em momentos e experiências diferentes. Para mim foi uma ótima aula e lembrei de que por ter participado de corais na antiga ULM, coloquei em prática com os adolescentes e as crianças diversos exercícios corporais de respiração e de grupo e obtive uma unidade muito grande do grupo. Na época tinha alunos de escolas particulares e da rede pública e todos se respeitavam muito. Participamos de um encontro de pólos em Taubaté e fizemos muito sucesso, pois os alunos de violão apesar de estarem sentados cantaram juntamente com o coral e o nosso coro foi o único que além de cantar desenvolveu um gestual na música. Ao final fomos muito aplaudidos por todos os presentes. Portanto, sei que tudo que temos estudado aqui nesse curso de pós-graduação pode muito bem ser aplicado e faz uma diferença muito grande na vida das pessoas que estamos educando. Atualmente estou trabalhando com grupos vocais em igrejas e esses exercícios desenvolvem um bem estar nos participantes, como em mim aqui na Cantareira e nos momentos em que estou com estes grupos.

Didática/ Descartes x Damásio - O que é consciência?

Iniciamos a aula do dia  06/06/2011dançando as músicas Allunelul e The king of the fairies que são dançadas em roda. Em seguida a professora comentou sobre o erro de Descartes quando afirmou: Penso, Logo existo e perguntou nos sobre como Antonio Damásio corrigiu esta afirmação? Damásio corrigiu afirmando: Sinto, Logo existo. Continuando nos questionou a respeito de: o que é consciência?

Durante a discussão a professora apresentou-nos quatro tipos de consciências que envolvem o pensamento complexo, isto é, a consciência de si que gera o autoconhecimento; a consciência do outro que proporciona a dialogicidade; a consciência do todo que produz a Interdependência: e ainda a consciência de integração que nos permite integrar os pensamentos opostos e antagônicos.

OUTRAS OBSERVAÇÕES:

Assistimos trechos do filme Sociedade dos Poetas Mortos para discutirmos sobre um professor nada tradicional em uma escola totalmente tradicional em que o lema era: tradição, honra, disciplina e excelência. Mas mesmo assim o professor desenvolve um excelente trabalho. Ou seja, este filme é um grande exemplo de que com todas as adversidades podemos desenvolver um ótimo trabalho quando fazemos o que amamos e estamos capacitados para isso. Uma aluna também ficou muito incomodada quando vimos um vídeo de uma professora que tocava todos os instrumentos durante uma apresentação e não deixava os alunos se expressarem artisticamente. Até entendi que ela queria dizer a professora não estava lá para se defender, porém, não teve sentido a forma como foi expressa sua atitude, pois estávamos analisando o que a educação tradicional fez e faz com as pessoas, ou seja, não nos permite errar, experimentar e nos desenvolver. Ao analisar o vídeo vi que a insegurança da professora em relação ao erro fez com que os alunos e a professora errassem muito mais, além de que ficou uma apresentação nada musical.

Pesquisa no dicionário Michaelis.


O que é consciência?

com
prep. Partícula que estabelece relação de dependência e exprime ou implica: 1. Interação: Conversar com. 2. Companhia: Viajar com. 3. Combinação, mistura: Café com leite. 4. Circunstância: Com a aproximação de um milésimo. 5. Causa: Murchar com calor. 6. Objeto de comparação: Parecer com. 7. Oposição ou competição; contra: Lutar com. 8. Instrumento, meio: Cortar com. 9. Maneira; modo: Falar com critério. 10. Ação comum: Trabalhar com ele.

ci.ên.cia
s. f. 1. Conhecimento exato e racional de coisa determinada: C. do bem. 2. Sistema de conhecimentos com um objeto determinado e um método próprio: A lingüística é uma c. S. f. pl. Conjunto de disciplinas visando à mesma ordem de conhecimentos: C. naturais.

cons.ci.ên.cia
s. f. 1. Capacidade que o homem tem de conhecer valores e mandamentos morais e aplicá-los nas diferentes situações. 2. Rel. Testemunho do nosso espírito, aprovando ou reprovando os nossos atos. 3. Cuidado escrupuloso. 4. Honradez, retidão. 5. Conhecimento.

Pelo que pude perceber consciência além do que esta acima no dicionário pode ser também um estar contra o conhecimento também, pois o com pode ser no sentido de estar junto, em conjunto ou ainda também de estar contra.

Didática/ Avaliação


A aula do dia 30/05/2011 teve início com uma dança e uma música que cantamos. A letra da música é a seguinte: 
Te aroha
Te wakapono
Te ranguimariê
Tato tato e
Já corrigida pela professora.

A seguir demos continuidade a discussão sobre avaliação.  Foi feito um questionamento pela professora de como avaliamos nossos alunos de música? A professora abordou sobre a transdisciplinaridade.


A avaliação em um sistema educacional complexo e democrático engloba pelo menos três momentos: avaliação (inicial) diagnóstica: na qual podemos descobrir e valorizar o conhecimento prévio do aluno; avaliação processual: essa ocorre durante as aulas ou atividades que são desenvolvidas no cotidiano da escola ou não, por exemplo, por meio de um portfólio; avaliação final: essa é o resultado que se apresenta ao finalizar um determinado período ou projeto e não visa a exclusão, mas o olhar para o que foi desenvolvido e suas possíveis melhoras. Neste novo paradigma educacional o aluno é levado em consideração como um ser humano complexo, único e em constante transformação. Já a avaliação tradicional em um sistema de ensino tradicional, visa apenas a exclusão e o adestramento moral sem o desenvolvimento da autonomia. A avaliação nesse novo paradigma visa o desenvolvimento do pensamento transdisciplinar e esse pensamento tem uma lógica ternária, ou seja, segundo Nicolescu Basarab: pensar, sentir e (sentipensar) que é uma verticalização do pensar e sentir incluindo ambos em um único movimento sentipensar. A transdisciplinaridade trás em si o espírito do diálogo e permite uma maior abertura do olhar sobre o mundo e o corpo como um todo.

(Isso mesmo Isaac.)

OUTRAS OBSERVAÇÕES:
Nesta semana após fazer a aula na quinta-feira e sexta-feira, oficina de canto coral com base no repertório folclórico com o Daniel Reginato na Oficina Cultural Alfredo Volpi em Itaquera – São Paulo. Tive a oportunidade de ter contato com “O passo” de Lucas Ciavatta, pois o Daniel trabalha com juntamente com ele e me passou o site que é www.opasso.com.br . Neste site encontrei bastante material que felizmente o Lucas disponibiliza e me chamou muito a atenção em relação a palavra rigor que também Paulo Freire aborda. A autonomia do aluno esta ligada ao rigor de quem avalia. Rigor é diferente de rigidez, pois a rigidez não permite a sensibilização para a diversidade. Porém o rigor não nos permite proteger ninguém sua própria ignorância, pois proteger uma pessoa de sua ignorância é manter a mesma sem o conhecimento necessário para a sua própria evolução. Ao ler isso no site me tocou muito, pois é o que devemos buscar quando avaliamos alguém. Devemos ter em mente sempre que buscamos a evolução e não a exclusão de quem esta sendo avaliado, então temos que lutar pela transformação desse sistema atual excludente em que se encontra o nosso sistema educacional, nem que seja apenas no momento da nossa prática profissional.

(É exatamente isso Isaac: rigor sim, rigidez não; o rigor demonstra interesse e amor, a rigidez vontade de reduzir o outro...)

Didática/Avaliação e proposta triangular de Ana Mae Barbosa.


Discutimos sobre avaliação na aula do dia 23/05/2011. A professora apresentou no quadro a proposta triangular de Ana Mae Barbosa.  

Ao ler o texto sobre a proposta triangular de Ana Mae Barbosa percebi que o fazer artístico deve estar fundamentado em três processos que são: a contextualização, o fazer e o apreciar. A autora afirma que a contextualização é a porta aberta, ou seja, o caminho para a interdisciplinaridade e o contato com outras mídias. Isto é, a contextualização é o que proporciona o ziguezague entre o fazer e o apreciar ou o oposto, o apreciar e fazer. Entretanto, deixa claro que a proposta triangular não é uma formula e muito menos uma disciplina ou cartilha, mas sim uma articulação entre o fazer, o contextualizar e o apreciar. Consequentemente podemos começar uma determinada atividade pela contextualização, pelo fazer ou ainda pelo apreciar, ou seja, a proposta triangular não é uma cartilha que deve ser seguida à risca ela deve ser transformada, pois estes três processos no qual ela se refere são processos mentais. Sendo então processos podemos começar as aulas com seis sequências diferentes por meio da utilização destes processos, ou seja, fazer, contextualizar e apreciar; fazer, apreciar e contextualizar; apreciar, fazer e contextualizar; apreciar, contextualizar e fazer; contextualizar, fazer e apreciar; contextualizar, apreciar e fazer. É mais uma forma de deixar a aula dinâmica e longe da monotonia.
(Isso é muito interessante, não é?)

OUTRAS OBSERVAÇÕES:
O que pude perceber que com a proposta triangular a aula pode sempre ser diferente em relação ao início, pois temos pelo menos seis propostas diferentes para iniciar uma determinada aula, prática ou conteúdo. Durante essa aula uma aluna disse que o professor não esta preocupado com o aprendizado do aluno. Discordei veemente, pois, ainda existem muitos professores compromissados e, inclusive citei que, ao dar aula particular costumo firmar um contrato com os alunos para além do pagamento mensal, ou seja, firmo um compromisso e cobro do aluno praticar os exercícios em casa pelo menos o mínimo. Ainda nesta aula, discutimos sobre o ensino do piano e o conflito que as escolas particulares, conservatórios e professoras estão encontrando para lecionar, pois os alunos querem tocar peças rápidas e várias peças em pouco tempo sem se aprofundar ou melhor sem terem desenvolvido a técnica e habilidades necessárias. Há que se levar em conta que estamos vivendo na sociedade do fast food em todos os sentidos e o meio musical não sofre exceção. Ainda mais com as pessoas assistindo os programas no estilo de ídolos, Raul Gil e similares nacionais  e internacionais, passam a pensar que em  um mês ou três meses que seja se tornam artistas. Portanto, surge o problema que não somente as professoras de piano enfrentam, mas todos nós que estamos envolvidos com a educação musical. E, vejo que este também é um dos motivos que torna a nossa prática cada vez mais necessária, cobrando de nós um maior embasamento e muito mais qualidade teórica e prática, pois somente assim podemos fazer a diferença na educação musical, mesmo que esta diferença seja apenas os nossos alunos e nós mesmos.

(Essa é também a geração “click”, tudo deve ser rápido e imediatista, temos que conseguir envolver os alunos em rituais novamente...)

Didática/ Questionário - Como é minha prática musical?


Como é minha prática musical?

Acredito que minha pratica musical esta embasada nos seguintes educadores: Murray Schaefer, Edgar Willens, George Self, Paulo Freire, Vigotsky, Piaget e outros teóricos da educação, eu busco ser influenciado por eles porque vejo em seus escritos que suas práticas eram e são dinâmicas. Mesmo que muitos desses grandes mestres já não estejam mais conosco, suas práticas continuam vivas em seus discípulos que continuam ensinando e vibrando como o ensinar e aprender a ensinar. Busco em meu trabalho tornar o ensino da música prazeroso, divertido e dinâmico sem que por isso perca sua essência, pois mesmo sendo divertido a música é uma arte e, portanto uma ciência. As atividades desenvolvidas no trabalho de musicalização com crianças ou adultos estão focadas na escuta, composição, execução e na literatura da música, porém, esta última com menos enfoque.
A prática musical que busco desenvolver é uma que envolve o corpo todo no fazer musical  para que assim o ser humano se desenvolva conhecendo seus pontos fortes e fracos e também aprendendo a respeitar os outros seres humanos em seus pontos fortes e fracos.

Como posso contribuir para a sociedade?

Sendo um ser humano e um cidadão, não um cidadão de papel como afirma Gilberto Dimenstain, pois é o que ocorre conosco nas inúmeras leis que nos garantem os direitos, porém, somente no papel porque na vida real não é o que ocorre. Cito como exemplo a Constituição Federal que é a nossa lei maior, esta escrito que todo cidadão tem o direito de ir e vir. Agora temos que acrescentar, desde que pague pedágio, pois, se não tivermos dinheiro para pagar o pedágio, será que podemos ir e vir nas auto-estradas?

Como a música pode influenciar na sociedade?

De acordo com diversas leituras e vivências, penso que a música pode influenciar positivamente a sociedade porque é uma arte e ao mesmo tempo uma ciência. Assim sendo, ela desenvolve a sensibilidade da escuta ativa, a sensibilidade do fazer musical artístico, o senso estético, o senso crítico, o raciocínio lógico matemático além de desenvolver a sensibilidade dos praticantes em relação ao corpo. Portanto, em outras palavras, penso e acredito que a música promove o desenvolvimento do ser humano nos seguintes aspectos: social, cultural, emocional, cognitivo e motor e podemos observar que até financeiramente porque muitas crianças que não tinham perspectiva nenhuma de vida e de futuro atualmente por meio do estudo da música estão sonhando e mudando de vida socialmente.

Como minha prática musical pode influenciar na sociedade?

Minha prática pode influenciar na sociedade a partir do momento em que respeito os seres humanos envolvidos no processo educativo. Este respeito significa planejar minhas aulas e aplicar este planejamento na prática diária, porque eu avalio os educandos, mas, eles também me avaliam durante minha prática musical. Quando eu respeito os educandos como seres humanos eles também me respeitam e aprendem nestes momentos a viver em sociedade, bem como também a respeitar os pactos ou acordos sociais, sejam eles em forma de leis ou em acordos de grupos menores, como os que são feitos durante a prática musical.

Que  princípios teóricos e filosóficos baseiam minha prática?

Penso que são diversos, mas vou citar os que são mais importantes porque música é arte e ciência e pode ser ensinada e praticada com prazer, movimento, muita vida e dinamismo sem perder a qualidade que toda arte e ciência preza.

Quais são os valores que orientam minha prática?

Os valores que orientam minha prática são: profissionalismo e o amor, pois sem ele, penso que não existe o compromisso com qualquer prática que seja.

O que é educar musicalmente?

Educar musicalmente significa que além de socializar os conhecimentos da arte e ciência musical, podemos trabalhar transdisciplinarmente todos os outros conteúdos que vão além da música, ou seja, saúde, higiene, meio ambiente etc.

Quais são os pontos fortes da minha prática criativa?

Os pontos fortes da minha prática criativa são: ser um educador democrático, escutar os educandos e procurar ajuda-los em suas necessidades ou dúvidas sejam elas educacionais ou não, de acordo com a minha possibilidade e também ser um curioso nato e gostar de ler e pesquisar.

Didática/Questionário - Quem sou eu?


Quem sou eu?

Esta é uma pergunta realmente complexa de responder porquê engloba em si pelo menos três outras perguntas que são elas: Quem eu penso ser? Quem os outros pensam  que eu sou? E a terceira que é: Quem eu realmente sou? Portanto, a palavra complexidade aparece aqui não no sentido de difícil, mas, no sentido de que existe um texto e um contexto no qual estamos inseridos no cotidiano, ou seja, uma rede de vidas que se entrelaçam, se misturam, se fundem entre si e portanto dessa amalgamação  vem essa complexidade em responder a pergunta. Entretanto, vou responder o que penso de mim: sou um ser humano complexo e sempre em mutação porque tenho consciência dos meus “erros”, mas, sei que me esforço para me tornar uma boa pessoa em todos os aspectos, ou seja, ser um ser humano.
Agora o que os outros pensam e o que realmente sou é ainda mais complexo de responder porquê ouço várias opiniões sobre o que sou, porém, analiso essas opiniões e se forem construtivas acato-as, entretanto, se forem destrutivas descarto-as e ainda digo que sou como um espelho e, provavelmente você verá em mim o que você é para mim, isso se eu não conseguir te amar como eu amo a mim mesmo, que é a segunda parte do grande mandamento de Jesus Cristo. Já em relação pergunta  de quem realmente sou parafraseio o poeta Fernando Pessoa dizendo que não sou nada, não quero ser nada, aparte isso tenho em mim todos os sonhos do universo.

(Quanto mais adentramos nossa interioridade mais descobrimos quem somos, pela própria intuição, o dificil é despir-se do ego...)

Qual a minha responsabilidade na educação?
Ajudar outros seres humanos em nosso processo complexo de evolução e mutação.

Qual a minha responsabilidade no projeto educacional?
Ser profissional e competente sem me esquecer da minha humanidade e da humanidade dos outros educandos envolvidos no processo educacional.

Qual exemplo estou transmitindo?
Eu penso que estou transmitindo um bom exemplo para os educandos com os quais trabalho ou trabalhei, pois, me avalio e também sou constantemente avaliado externamente.

Qual exemplo estou transmitindo?
Busco transmitir um bom exemplo no sentido de ser um ser humano, ou seja, um cidadão honesto, trabalhador, profissional e competente com consciência dos meus direitos e deveres como também dos outros. Busco respeitar o próximo como se o próximo fosse eu mesmo e isso não significa que sou perfeito, mas que me esforço para ser um bom exemplo.

Qual atenção estou dando aos meus alunos?
De acordo com as minhas possibilidades busco dar a atenção que cada aluno pede durante as aulas ouvindo-os e interagindo com eles. Já em relação ao preparo das aulas que também é um tipo de atenção e respeito à eles, sempre estou lendo, pesquisando e fazendo cursos para melhorar o trabalho desenvolvido.

(Voce está no caminho, estamos todos...e o caminho se constróis ao caminhar como diz Antonio Machado.)